É #Fake que o estudante que reagiu a assalto em Belo Horizonte foi preso

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“A Comissão de Direitos Humanos de Minas Gerais (…) conseguiu autorizar a prisão do estudante de 21 anos que reagiu a um assalto com arma de brinquedo e espancou o bandido. (…) De acordo com a presidente da Comissão, Gizelle Rosário Leitte, o jovem agiu com demasiada força e não deu chances de defesa ao assaltante”

Essa frase é Fake!

A suposta informação que circula nas redes sociais, a qual afirma que a Comissão de Direitos Humanos de Minas Gerais teria autorizado a prisão de um estudante de Belo Horizonte, por reagir um assalto, é falsa.

No dia 20 de novembro, um jovem de 20 anos reagiu a um assalto no bairro Camargos, localizado no estado mineiro. A situação foi assim: o assaltante usava uma arma de brinquedo e ao perceber isso, o estudante trocou socos com o criminoso, que caiu no chão. Além disso, o estudante chutou a cabeça do assaltante após a queda e só então recorreu para a polícia.

O assaltante foi preso em flagrante, depois de ser atendido em uma das unidades da UPA na região mineira. Mesmo que realmente tenha acontecido a reação ao assalto, as supostas informações da publicação são falsas.

Vale lembrar que não existe um órgão chamado ‘Comissão de Direitos Humanos de Minas Gerais’. Existe uma distinção entre órgão de direitos humanos em esferas do poder público e da sociedade civil, por exemplo: Secretaria de Direitos Humanos, Comissão de Direitos Humanos da OAB e Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. Nenhum deles é presidido por uma pessoa chamada Gizelle Rosário Leitte (nome atribuído a pessoa que teria mandado prender o jovem que se defendeu do assalto).

De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, o jovem (cujo o nome não foi revelado) acabou não sendo preso. Quem continua preso é o criminoso, o jovem responde em liberdade uma investigação em relação a um possível excesso da vítima quanto à defesa.