Para combater fake news, Instagram anuncia filtro nas publicações contra vacinas

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Após o Facebook ter denunciado vários anúncios com conteúdos contra vacinação nos Estados Unidos, onde se estima que esse tipo de publicidade atingia quase 1 milhão de pessoas. De acordo com o BuzzFeed, o Instagram lançará novas maneiras para combater a disseminação de fake news sobre vacinas.

A rede social não pretende banir contas ou apagar postagens, na verdade, só limitará a disseminação intencional de informações erradas sobre o assunto. Entre as novidades desta nova medida, está um aviso pop-up que aparecerá quando o usuário pesquisar determinados termos anti-vacina, como acontece ao buscar hashtags ou termos relacionados ao suicídio, ou seja, o usuário recebe um aviso e um link para suporte.

Entretanto, não se sabe se o alerta pop-up aparecerá contra a desinformação. O recurso ainda está em desenvolvimento e não existe uma data determinada de lançamento.

O Ministério da Saúde também está preocupado em combater as notícias falsas sobre saúde, e por isso disponibiliza um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Não funciona como um canal SAC ou tira dúvidas dos usuários, e sim um espaço exclusivo para receber informações viralizadas nas redes sociais. O próximo passo é a apuração pelas áreas técnicas e dar a resposta oficialmente: se é verdade ou mentira.

Qualquer pessoa poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido para confirmar se a informação procede. O número é (61)99289-4640.

Toda essa importância ao assunto se concretizou, principalmente, pela resistência à vacinação  listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Os números preliminares do órgão relatam que os surtos de sarampo aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano (em comparação ao mesmo período de 2018), tendo um crescimento maior na África (700%) e na Europa (300%).

Segundo o relatório do Unicef (órgão da ONU para a infância), 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo. Os três piores do ranking (que relaciona 2017 com 2018), respectivamente, foram:Ucrânia, Filipinas e Brasil. Com isso, o órgão enfatizou que “a verdadeira infecção é a desinformação”.