Na última quarta-feira (31), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, foi entrevistado pelo programa Central GloboNews. O ministro falou de leilões realizados por sua pasta, licitações abertas e acidentes em rodovias. O Pipeify verificou algumas das frases ditas por Tarcísio e constatou que algumas são ‘falsas’ ou ‘subestimadas’. Confira o resultado:
1. “Rodovia [BR] 381, [em] Minas (…) são 400, 450 mortes por ano”
Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura, em entrevista ao Central GloboNews no dia 31 de julho de 2019
A informação é #Fake!
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o trecho mineiro da BR-381 registrou 171 mortes em 2018 e 222 em 2017, ou seja, cerca de metade do número mencionado pelo ministro.
No primeiro semestre de 2019, 75 pessoas morreram em acidentes na rodovia. A BR-381 liga os estados do Espírito Santo e São Paulo, passando por Minas Gerais.
Outra informação concedia por Tarcísio Gomes de Freitas foi;
2. “(…) E a gente gasta R$ 400 bilhões, R$ 450 bilhões de serviço da dívida todos os anos”
A informação é #SUBESTIMADA
O total gasto pela União com o serviço da dívida interna ultrapassou, no ano passado, o patamar citado pelo ministro. Segundo o Portal da Transparência do governo federal, os gastos foram de R$ 529,1 bilhões em 2018. Para 2019, a expectativa é que cresçam ainda mais, alcançando R$ 601,4 bilhões.
Antes disso, o gasto com serviço da dívida estava ligeiramente abaixo do patamar citado por Freitas, em valores nominais. As despesas foram de R$ 382 bilhões em 2015, R$ 372,8 bilhões em 2016 e R$ 392,2 bilhões em 2017.
3. “O Rio de Janeiro, agora, reduziu de 12% para 7% [o ICMS sobre querosene de aviação]”
AINDA É CEDO PARA DIZER se a informaçãso é #Fato
Embora o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSL), tenha manifestado, no início do ano, a intenção de baixar de 12% para 7% o ICMS sobre o querosene de aviação, a medida ainda não entrou em vigor. Foi solicitada autorização para o Comitê Nacional de Política Fazendária (Confaz), que aprovou a mudança em julho. Em nota, a Secretaria de Estado da Fazenda do Rio de Janeiro afirmou que a medida ainda depende da publicação de um decreto, que está sendo elaborado, para começar a valer.
Procurada para comentar, a assessoria do ministro não respondeu.