É falsa a notícia que a Funai ‘reestruturada por Bolsonaro’ descobriu 36 contratos de venda de terras indígenas

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A Fundação Nacional do Índio (Funai) informou que “trata-se de uma notícia antiga, de 2012”, ou seja, não foi durante o governo de Jair Bolsonaro, mas sim no de Dilma Rousseff. (Foto: Twitter)

Circula nas redes sociais nesta terça-feira (3) que a Fundação Nacional do Índio (Funai) detectou 36 contratos de venda de terras indígenas durante o governo Bolsonaro. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado.

“A FUNAI, recentemente reestruturada por Bolsonaro, até agora detectou 36 contratos de venda totalizando uma área DO TAMANHO DO ESTADO DA BAHIA”

Legenda de imagem publicada no Facebook que, até as 15h do dia 02 de setembro de 2019, havia sido compartilhada mais de 2,1 mil vezes (Foto: Facebook)

A informação analisada pelo Pipeify é falsa. A Fundação Nacional do Índio (Funai) informou que “trata-se de uma notícia antiga, de 2012”, ou seja, não foi durante o governo de Jair Bolsonaro, mas sim no de Dilma Rousseff. Em março daquele ano, uma reportagem do Estado de S. Paulo mostrou que índios da etnia mundurucu venderam uma terra indígena localizada em Jacareacanga, no Pará, para uma empresa estrangeira.

Na época, a Funai informou que os contratos eram considerados nulos e que cada um seria avaliado pela Advocacia-Geral da União (AGU). (Foto: Twitter)

Dias depois, uma reportagem do G1 apontou que a Funai localizou 36 contratos entre aldeias indígenas e empresas estrangeiras como negociação de crédito de carbono na Amazônia. Na época, a Funai informou que os contratos eram considerados nulos e que cada um seria avaliado pela Advocacia-Geral da União (AGU).