Circula nas redes sociais nesta terça-feira (3) que a Fundação Nacional do Índio (Funai) detectou 36 contratos de venda de terras indígenas durante o governo Bolsonaro. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado.
“A FUNAI, recentemente reestruturada por Bolsonaro, até agora detectou 36 contratos de venda totalizando uma área DO TAMANHO DO ESTADO DA BAHIA”
A informação analisada pelo Pipeify é falsa. A Fundação Nacional do Índio (Funai) informou que “trata-se de uma notícia antiga, de 2012”, ou seja, não foi durante o governo de Jair Bolsonaro, mas sim no de Dilma Rousseff. Em março daquele ano, uma reportagem do Estado de S. Paulo mostrou que índios da etnia mundurucu venderam uma terra indígena localizada em Jacareacanga, no Pará, para uma empresa estrangeira.
Dias depois, uma reportagem do G1 apontou que a Funai localizou 36 contratos entre aldeias indígenas e empresas estrangeiras como negociação de crédito de carbono na Amazônia. Na época, a Funai informou que os contratos eram considerados nulos e que cada um seria avaliado pela Advocacia-Geral da União (AGU).