A eleição presidencial de 2020 nos Estados Unidos está marcada para terça-feira, 3 de novembro de 2020, e será a 59ª eleição quadrienal dos EUA. Mesmo acontecendo somente ano que vem, a corrida presidencial para a Casa Branca já começou e com isso todo mundo está de olho nas fake news e nas redes sociais, dois elementos que, juntos, foram determinantes para os resultados do último pleito, segundo investigação do próprio governo norte-americano. E mesmo dizendo que há esforços para combater a desinformação, tanto o Facebook quanto o Twitter vêm discretamente admitindo que não vão bloquear os anúncios dos candidatos em suas plataformas — mesmo se houver mentiras nessas mensagens.
Isso é o que destaca o MIT Technology Review, nesta segunda-feira (14), que cita o chefe de comunicações do Facebook, Nick Clegg. O executivo disse que não haverá checagem de fatos sobre o material pago veiculado por políticos, um posicionamento também confirmado pela própria empresa. Em um comunicado enviado para Joe Biden, que concorre pelo Partido Democrata, a rede social disse o seguinte:
“Se uma reivindicação for feita diretamente por um político em sua página, seja em um anúncio ou no seu site, ela será considerada discurso direto e inelegível para nosso programa de verificação de fatos de terceiros. Essas políticas se aplicam a conteúdo orgânico e pago de políticos — incluindo o anúncio do Presidente Trump que você menciona em sua carta.”
O Twitter também segue postura semelhante e já adiantou ao site ‘The Verge’ que anúncios de políticos, mesmo que tragam mentiras sobre seus oponentes, “não violam nossas políticas”, sem esclarecimentos adicionais.
Isso soa estranho, especialmente quando o próprio Facebook diz que conteúdos “como boatos virais compartilhados por um político seriam rebaixados, exibidos ao lado de informações de verificação de fatos e banidos de anúncios”. Ao que parece, essa discussão ainda deve esquentar durante o próximo ano, especialmente quando os candidatos começarem suas ofensivas.