TSE se junta a Google, Facebook e WhatsApp para combater fake news nas eleições

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Cada vez mais, as fake news estão se tornando um sério problema no Brasil e no mundo, principalmente quando se trata de eleições. Com as Eleições Municipais de 2020 se aproximando, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu reunir representantes de políticas públicas e advogados do Google, Facebook, WhatsApp e Twitter para alinhar estratégias de combate à desinformação.

A reunião foi presidida pelo o juiz auxiliar do TSE e coordenador do grupo gestor do Programa, Ricardo Fioreze, e aconteceu na última segunda-feira (11). Os representantes do Google falaram sobre medidas que adotaram para combater as fake news desde as Eleições Gerais de 2018 e sobre estratégias que estão em desenvolvimento para 2020, como o uso de algoritmos de busca para priorizar resultados que levem para informações publicadas em páginas oficiais da Justiça Eleitoral ou remetendo para veículos de informações confiáveis.

De acordo com o TSE, representantes do Facebook disseram que teriam uma postura mais colaborativa no debate público e que pretendem, inclusive, dar contribuições durante as audiências públicas que serão realizadas de 26 a 28 de novembro com o objetivo de aperfeiçoar as minutas de resoluções relativas às Eleições 2020. Segundo os representantes, somente neste ano, a rede já removeu mais de dois bilhões de contas falsas, e conta com um time de eleições preparado para proteger a integridade dos pleitos em diferentes países. Além disso, o Facebook fez parceria com as quatro maiores agências de checagem de fatos do Brasil e utiliza uma combinação de sistemas automatizados e revisão humana para remover contas falsas.

Por sua vez, o representante do WhatsApp, Pablo Bello, explicou que hoje mais de 90% das mensagens enviadas pelo aplicativo em questão são entre duas pessoas, e que, ao contrário do Facebook, é um espaço privado e de criptografia de ponta a ponta. Assim, não é possível fazer moderação de conteúdo.

No caso do Twitter, foi feita uma videoconferência com o gerente de Políticas Públicas da empresa, Fernando Gallo, que falou sobre como funciona a plataforma e afirmou que o Twitter tem hoje mais de 139 milhões de usuários globalmente ativos, e que é diferente das demais por ser uma rede de informação e de interesses. Durante o encontro, a plataforma se colocou à disposição da Corte Eleitoral e se comprometeu, inclusive, a dar um treinamento a todas as assessorias de Comunicação da Justiça Eleitoral.

O Twitter também colocou à disposição do Tribunal um guia de educação digital feito em parceria com a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) com o objetivo de fomentar melhores práticas. Por fim, a empresa informou que estabeleceu parceria com agências de fact-checking para apurar qual é o grau de verdade das informações publicadas na plataforma, entre outras ações.