Viralizou nas redes sociais desde o último fim de semana, um post com a afirmação de que a multinacional PepsiCo (dona da marca de refrigerantes Pepsi),afirmou que não vai mais usar células de embriões humanos na composição das suas bebidas. O que deixa a entender que já foi utilizado a adoção de ingredientes com essa origem.
A suposta “prova” seria a resposta da companhia no Twitter, dizendo ter encerrado sua relação comercial com a Senomyx, que se consolida como uma empresa de biotecnologia americana, desenvolvendo produtos com culturas de células.
Inclusive, no passado, a acusação contra a Pepsi foi feita por entidades contra o aborto e pelo filósofo Olavo de Carvalho, braço direito do presidente Jair Bolsonaro. O post diz a seguinte frase: “Hoje a Pepsi declarou publicamente que não usará mais ingredientes ou produtos derivados de fetos humanos em seus produtos”
A informação é falsa. A multinacional afirmou que não tem mais qualquer relação comercial com a Senomyx e não financia pesquisas feitas com tecido humano ou e células derivadas de embriões. Sendo que o texto foi uma resposta a um usuário do Twitter que acusou a PepsiCo de usar fetos abortados em produtos de baixa caloria, “como a Sprite”.
Em 2011 começou de fato o problema, quando o grupo contra o aborto Children of God for Life revelou a existência de um contrato entre a PepsiCo e a Senomyx. A instituição de biotecnologia (localizada em San Diego, nos Estados Unidos), desenvolve novos sabores e fragrâncias para companhias de alimentos, além de bebidas, perfumes e produtos de limpeza.
Para isso, uma das maneiras adotadas é uma técnica que testa as criações com uma cultura de células do tipo HEK-293, que provocam polêmica porque essas células foram extraídas do rim de um feto abortado legalmente na Holanda em 1973. Após esse acontecimento, elas foram cultivadas em laboratório por Alex van der Eb e acabaram por se tornar fonte de pesquisa em diversas áreas.
Conteúdo de fact-checking do Pipeify.