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É falso que Gleisi Hoffmann pediu a apoiadores do PT que não aceitem dinheiro de auxílio emergencial

A presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PT-PR), foi associada a um pedido aos apoiadores de seu partido para que não aceitassem o auxílio emergencial de R$ 600. (Fonte: Reprodução)

 

Circula pelas redes sociais nesta terça-feira (31), um comunicado informando que a presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PT-PR), teria pedido aos apoiadores de seu partido que não aceitassem o auxílio emergencial de R$ 600 que o governo federal deve pagar a trabalhadores autônomos. Segundo o texto, a intenção seria de que os apoiadores não aceitassem o auxílio como forma de demonstrar resistência ao Executivo e ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O post, apesar de ter viralizado nas redes sociais, é falso.

“Comunicado
Nós do PT estamos pedindo para nossos militantes não aceitarem a ajuda de R$ 600,00 do governo, vamos mostrar para o governo que tudo que ele faz é contra a população, seremos resistencia (sic), vamos mostrar resistência contra esse fascista
Gleisi Hoffmann” – texto em imagem compartilhada no Facebook.

Na última segunda-feira (30) a deputada federal postou em sua conta oficial no Instagram e também em seu site um comunicado de que a informação que circula nas redes sociais é falsa. “Gente, está circulando um post que é falso. Jamais diria para as pessoas não aceitarem ajuda nessa hora. Lutamos para aprovar a renda mínima para as pessoas passarem por esse momento difícil. Inclusive dobramos o valor para mulheres que sozinhas criam filhos menores”, disse Gleisi Hoffmann.

Gleisi Hoffmann informou em seu Instagram que a imagem que viralizou é falsa e que ela “Jamais diria para as pessoas não aceitarem ajuda nessa hora”. (Fonte: Reprodução/Instagram)

O projeto mencionado na imagem que viralizou aprovou o pagamento de um auxílio emergencial no valor de R$ 600,00, durante três meses, a trabalhadores informais que recebem menos de um salário mínimo. Esses trabalhadores estão sendo bastante afetados pois, devido a quarentena por conta da pandemia de COVID-19, estão impossibilitados de trabalhar. Além disso, a trabalhadora informal que for mãe e chefe de família terá direito a duas cotas, ou seja, receberá R$ 1,2 mil por mês.

Assim como todos os outros partidos na câmara, a bancada do PT votou a favor do projeto e, em sua intervenção, Gleisi Hoffman ainda propôs que um pagamento maior, que seria de R$ 1.045. A proposta de auxílio emergencial ainda precisa passar por três etapas: sanção presidencial; edição de um decreto regulamentador; e publicação de uma MP com abertura de crédito extraordinário para viabilização dos pagamentos.

Conteúdo de fact-checking do Pipeify.