Viralizou no Twitter um post afirmando que o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), iria colocar detentos para vigiar a população durante a quarentena. O objetivo seria que eles monitorassem os pontos de ônibus para garantir que o distanciamento recomendado está sendo respeitado. O post chegou a ser compartilhado pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), porém, apesar de ter alcançado mais de 2,7 mil compartilhamentos a informação é falsa.
MEU DEUS. É ISSO MESMO? https://t.co/XvzmaCvfd6 pic.twitter.com/1Mx5Zg5yHP
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) April 11, 2020
O que houve foi uma distorção na fala de Helder Barbalho, segundo foi divulgado a intenção é de que os presos trabalhem pintando os pontos de ônibus da cidade de Belém. Assim, aqueles que esperam o transporte, baseados nas marcações pintadas no chão, podem respeitar o distanciamento social. O governador chegou a responder Carlos Bolsonaro e outros usuários do Twitter. “Sugiro que você se informe pelos canais oficiais do Estado e não espalhe informações falsas como essa, pois fake news é crime. Os detentos estão trabalhando para demarcar espaços de distanciamento social nas paradas de ônibus de Belém e não para vigiar as pessoas.”, disse Helder.
O nome do projeto é “Parada Sinalizada” e é realizado em parceria com o Detran do Pará. O trabalho está sendo feito por 36 internos que cumprem pena em regime semiaberto e, além das luvas os presos também estão usando máscaras de proteção confeccionadas em tecido (que foram feitas em uma fábrica que tem como função a educação formal e profissionalização de egressos do sistema penal). O objetivo é marcar 150 paradas de ônibus na capital do Pará e a segurança no local está sendo reforçada pela Polícia Militar do estado.
A demarcação em paradas de ônibus não é exclusiva do Pará; em São Paulo, por exemplo, a SPTrans começou no dia 1 de abril a pintar faixas de marcação nas plataformas de ônibus. O objetivo dessa medida é preservar a distância mínima recomendada como prevenção ao surto do novo coronavírus.
Conteúdo de fact-checking do Pipeify.