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Isis de Oliveira relata agressão do marido: “Senti medo de morrer”

Isis de Oliveira presta queixa contra o marido: 'Me socava enquanto dormia. (Foto: Instagram)

A violência doméstica sofrida por Isis de Oliveira, irmã de Luma de Oliveira, que prestou queixa na última quarta-feira (22) na 12ª delegacia de Copacabana, no Rio de Janeiro, contra o marido, o egípcio Hazem Roshdi, com quem é casada há seis anos resume o que milhares de muheres passam diariamente.

Em comunicado à imprensa, Isis de Oliveira explicou que os episódios de violência física se tornaram recorrentes nos últimos meses, mas que no episódio de quarta-feira (22), pela primeira vez, sentiu medo de ser assassinada.

Isis, que está com 69 anos, relembrou que a primeira vez que prestou queixa contra Hazem foi em 2017, quando ele a empurrou com violência e, devido à queda, ela teve um sangramento do supercílio. “Percebi que a situação era séria quando senti o quente do sangue. Ele também ficou apavorado e colocou gelo. Na ocasião, fui para o hospital e relatei o que aconteceu na delegacia. Mas fui boba, acreditei quando ele disse que não vivia sem mim e voltamos”, conta.

Ela relata que a quarentena fez com que a situação em casa se tornasse mais tensa. “Tenho mais de 60 anos, faço parte do grupo de risco. Não estava saindo de casa nem para colocar o lixo. Mas ele saía, ficava três, quatro horas na rua e voltava sem dar explicações. Com isso, foi ficando cada vez mais nervoso. Um dia puxou o colchão onde eu estava com força. Eu caí e ele veio para cima de mim com o travesseiro. Além disso, em quatro ocasiões diferentes acordei com ele me dando socos nas costas”.

Percebendo que a situação estava se agravando, Isis começou a conversar com amigas sobre o que estava acontecendo, entre elas, a atriz Luíza Brunet. “Ontem, percebi que ele estava saindo fora do controle. Chutou o ventilador, depois o computador. Foi ficando cada vez mais agressivo e disse, olhando nos meus olhos, que rasgaria a minha cara e botaria fogo na casa. Foi a primeira vez em que senti medo de morrer”, confessa. Então, mandou uma mensagem com a palavra SOS para Luiza, que chamou a polícia.

Para disfarçar a chegada das autoridades, Isis interfonou e autorizou a subida dos policiais dizendo para o marido que se tratava de uma entrega da farmácia. “Quando eles chegaram, ele estava muito alterado, descontrolado. Fui orientada a ir para a delegacia prestar queixa. Chegando lá, recebi uma medida protetiva, pelo fato de ele ser reincidente”. Os policiais a acompanharam de volta para a casa e aguardaram que Hazem tirasse suas coisas de dentro do apartamento.

No momento, ele está bloqueado das suas redes sociais, mas Isis ainda não se sente completamente segura. “Da última vez ele subiu do nada, nem a portaria conseguiu barrá-lo. Mesmo com os papéis em mãos, sinto medo do que ainda pode acontecer”.

Ela tomou a decisão de comentar sobre o caso publicamente não apenas para que mais pessoas saibam da situação, mas também para alertar outras mulheres. “Estou correndo risco de vida, mas é uma maneira de dizer para as mulheres que precisamos fazer alguma coisa quando a ameaça é tão real”. Hazem até o momento não se pronunciou sobre o caso.