Viralizou nas redes sociais uma mensagem que diz que o uso prolongado de máscara de proteção contra o coronavírus produz hipóxia (baixa oxigenação do organismo) ao impedir a troca de oxigênio e dióxido de carbono do corpo com o ambiente.
O uso prolongado da máscara produz hipóxia.
Respirar repetidamente o ar expirado se transforma em dióxido de carbono, e é por isso que nos sentimos tontos.
Isso intoxica o usuário e muito mais quando ele deve se mover, realizar ações de deslocamento. pic.twitter.com/Z5zlmNFQLX— Vânia Maciel. (@ValeriaVnia) May 4, 2020
O texto afirma que a máscara faz a pessoa “respirar repetidamente o ar expirado transformado em dióxido de carbono”, gera sensação de tontura e pode evoluir para um quadro de intoxicação. A mensagem diz ainda que o artigo de proteção “causa desconforto, fadiga e perda de reflexos” e pode gerar desmaio. O texto afirma também que a máscara deve ser retirada do rosto a cada dez minutos, para que isso não aconteça.
Todas essas informações são falsas. O uso da máscara não causa nem hipóxia nem intoxicação pelo dióxido de carbono. Levantar a máscara a cada dez minutos pode aumentar a chance de o indivíduo tocar na frente da máscara e contrair o coronavírus.
A mensagem propagada nas redes sociais fala ainda que não se deve dirigir de máscara “porque o ar viciado pode fazer o motorista perder a consciência”. Trata-se de outra fake news.
Os profissionais de saúde têm falado sobre a importância de se cobrir nariz e boca ao estar nas ruas, em estabelecimentos comerciais, bancos e em transportes públicos, como vêm recomendando a Organização Mundial de Saúde, prefeituras e demais autoridades de saúde para tentar estancar a pandemia de Covid-19.
Muitas pessoas têm usado as redes sociais para relatar alguns incômodos quando usam a máscara, porém, ela é totalmente permeável, sem capacidade de reter o CO2. O que a máscara pode produzir é uma sensação de calor, por ficar sobre a face, apenas.
Ele ratifica que não se deve mexer no rosto, uma vez colocada a máscara. “Não há necessidade de retirá-la a cada 10 minutos. Pelo contrário, quanto mais a manipularmos, mais aumenta o risco de contaminação.”
Conteúdo de fact-checking do Pipeify.