Na manhã de quarta-feira (6), circula nas redes sociais uma notícia de que o Senado aprovou um auxílio de R$ 2 mil chamado ‘Bolsa Prostituta’. A postagem afirma que uma proposta de autoria seria da senadora Ana Rita (PT) e teria sido aprovada por maioria de votos.
Segundo a notícia, “o objetivo da bolsa é dar a essas mulheres a possibilidade de terem uma vida mais digna, pois o dinheiro deve ser prioritariamente utilizado com prevenção de doenças” e ainda que o dinheiro ajudaria a “disponibilizar pra clientela um serviço de melhor qualidade, já que as meninas poderão se cuidar melhor, pagar tratamentos estéticos, frequentar academias etc.”.
A notícia é falsa e circula desde 2013. Na época, o autor da postagem se pronunciou e disse que era uma brincadeira e que errou ao colocar a senadora Ana Rita, por isso, mudou o nome da política em seu post. Hoje, está escrito Maria Rita.
O Senado não aprovou nenhum auxílio para garotas de programa no Brasil e nem se quer houve uma proposta em tramitação sobre o assunto. Também em 2013, a Polícia Federal e a Polícia do Senado começaram a investigar a autoria da notícia falsa envolvendo a senadora Ana Rita.
O gabinete da senadora distribuiu uma nota sobre o assunto. Veja a íntegra:
“O mandato da senadora Ana Rita (PT-ES), presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, esclarece que a matéria publicada no blog de nome Joselito Muller é falsa. O referido projeto não é de sua autoria, além de nunca ter tramitado no Senado Federal. Informamos, ainda, que a senadora já está tomando as devidas providências junto à Procuradoria Geral do Senado, a Polícia do Senado e à Polícia Federal.”
Em 2014, a Agência Senado informou que a figura política obteve na Justiça uma decisão que manda retirar postagens nas mídias sociais a respeito do Bolsa Prostituta. “Passei meses indignada com essas mentiras e calúnias e, apesar de inúmeras notas públicas desmentindo, o boato continuava a ser reproduzido”, argumentou Ana Rita.
O juiz substituto Diego Ramirez Grigio Silva, da 5ª Vara Cível de Vila Velha, sancionou que o Facebook informe em sua página a determinação judicial de que os responsáveis pelos perfis indicados e seus seguidores se abstenham de publicar ofensas. A informação foi publicada pelo site do Partido dos Trabalhadores (PT) e a política não exerce mais o cargo.
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Conteúdo de fact-checking do Pipeify.