Os números não diminuem e a situação causada pelo novo coronavírus (Covid-19) continua a se alastrar pelo Brasil. Tanto, que na tarde da última sexta-feira (8), o governador João Doria (PSDB) decidiu prorrogar a quarentena em todo o estado de São Paulo até o dia 31 de maio.
Este anúncio foi feito em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul da capital paulista. O cenário não é mesmo animador, ainda mais quando se lembra do número de vítimas deixadas pela pandemia: foram registradas 13.277 mortes provocadas pela Covid-19 e 192.260 casos confirmados da doença em todo o país até esta quinta (14).
Com tudo isso acontecendo, a nossa saúde mental tende a oscilar. O isolamento social está determinado há mais de um mês e isso mudou tanto a forma de trabalhar, como de se relacionar com as pessoas. Enquanto alguns dependem dos aplicativos para se manter perto de quem ama, outros estão convivendo 24h com sua família.
No último caso, a maior questão pode ser em como manter a boa convivência durante tanto tempo junto. Porém, o primordial é aprender a lidar consigo mesmo primeiro. É difícil manter a saúde mental em quarentena, seja sozinho ou com mais gente, ou seja: se torna (ainda mais) comum ter períodos de ansiedade, nervosismo, agitações ou sentimentos ruins.
O psicólogo Filipe Oliveira explica que há algumas estratégias para evitar o prejuízo causado pela oscilação emocional, mas deixa claro que não há como fugir. “Tentar escapar da ansiedade é uma cilada, é um conjunto de sensações e quando a gente tenta escapar, fica pior, não tem como não sentir”, explica.
O colega de profissão, Arthur Ribeiro, complementa que ter interação social é de extrema importância e o apoio ajuda na programação de atividades. O psicólogo explica que a questão da produtividade tem a ver com a relação com o ambiente, sendo que é preciso que tudo esteja organizado para que os compromissos sejam realizados com sucesso.
Ribeiro enfatiza que a quarentena traz uma sensação de férias e isso é prejudicial para a família inteira. Ele fala que primeiro é preciso priorizar o essencial e que cada auto reflexão faz diferença para saber o objetivo das tarefas.
“Você vive a sua vida, você sabe quais são as suas demandas, as suas obrigações, você ter escolhas baseadas daquilo que é a sua vida, com qual objetivo você está fazendo isso”, relata.
Juntos, dos dois psicólogos dão dicas de como cuidar de si e manter a produtividade, assim com a saúde mental, em tempo de pandemia. Confira:
Veja na galeria cima 6 passos para controlar a ansiedade na quarentena.
