Circula nas redes sociais uma postagem afirmando que que o presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina, teria acusado a Organização Mundial da Saúde (OMS) de oferecer um suborno de US$ 20 milhões para “envenenar a cura da Covid-19”. O presidente do país africano chamou atenção durante a pandemia por defender que um chá feito com ervas locais seria a cura para a doença, mesmo que não exista nenhum embasamento científico para isso.
Essa informação é falsa. Nas redes sociais de Andry Rajoelina não é possível encontrar nenhuma postagem afirmando que houve uma tentativa de suborno da Organização Mundial da Saúde (OMS) e, em uma declaração para a agência de notícias francesa AFP, ele ainda negou o boato que circula na internet.
O presidente de Madagáscar chegou a afirmar, no dia 20 de maio, que após uma conversa, o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, teria assinado uma cláusula de confidencialidade sobre a formulação da Covid Organics (CVO), e ainda acrescentou que a organização elogiou os esforços do país na luta contra a Covid-19 e que iria acompanhar os testes clínicos da bebida.
A Covid Organics (CO) é uma bebida a base de plantas, defendida por Rajoelina como uma forma de tratamento eficaz contra o coronavírus que já teria curado diversas pessoas. O presidente já chegou inclusive a tomar a bebida publicamente para provar que ela não causa nenhum efeito negativo para quem a consome.
A bebida está sendo distribuída na ilha africana em duas formas: engarrafada ou a erva (que contém a planta Artemísia), para que seja consumida em forma de chá. Rajoelina afirma que todos deveriam tomar a bebida para proteger a família e os vizinhos.
Apesar do entusiasmo do presidente de Madagáscar ainda não existe nenhuma comprovação cientifica de que a bebida seja eficaz para combater a Covid-19, além disso, existe um alerta de que o consumo por pessoas jovens possa ser prejudicial a saúde.
Conteúdo de fact-checking do Pipeify.