Nesta semana, voltou a circular nas redes sociais uma foto de uma suposta certidão de nascimento emitida na “República do Quênia” publicada por Malik Obama, que é irmão do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Segundo a postagem, essa certidão comprovaria que Barack não seria norte-americano, e sim queniano e isso tornaria ilegal seu mandato na presidência do país, entre os anos de 2009 a 2017.
Além disso, o conteúdo também foi compartilhado por Olavo de Carvalho e outras personalidades. A mensagem diz: “Será finalmente desfeito o mistério Obama? Malik Obama, irmão do ex-presidente, publicou no seu Tweeter esta CERTIDÃO DE NASCIMENTO QUENIANA.”
A informação é falsa. Mesmo que tenha sido feita originalmente por Malik Obama, irmão de Barack Obama, o documento é forjado e também já foi desmentido em 2009. Se trata de uma suposição de que Obama não seria americano e isso circula na web desde 2008, justamente quando concorreu pela primeira vez à presidência dos Estados Unidos.
O documento foi forjado a partir de uma certidão de nascimento de origem australiana e de um homem chamado David Jeffrey Bomford, disponível em fórum de genealogia. Ele foi entrevistado pela rádio ABC em 2009 e confirmou a autenticidade do documento. É possível reparar que todos os elementos visuais são idênticos, assim como o nome do oficial que assina o documento, o livro e a página.
O documento é idêntico – nome do oficial que assina, livro e página – e tem erros factuais. O Quênia passou a usar o nome oficial República do Quênia somente em dezembro de 1964, sendo que o documento é datado de 4 de agosto de 1961. Ademais, o pai de Obama tinha 25, e não 26 anos quando ele nasceu.
A certidão de nascimento real do ex-presidente mostra que ele nasceu em Honolulu, no Havaí. De acordo com site americano de checagem FactCheck.org, o nascimento de Obama foi noticiado em jornais locais de seu estado natal em 1961.
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Conteúdo de fact-checking do Pipeify.