Circula nas redes sociais uma imagem afirmando que a CoronaVac nunca teria sido testada em humanos, tendo sido ministrada apenas em macacos para testes clínicos na China. A vacina, criada pela empresa farmacêutica chinesa, Sinovac, será testada em 9 mil voluntários em uma parceria com o Instituto Butantan e o governo do estado de São Paulo.
Essa informação é falsa. Não é verdade que a vacina produzida pela Sinovac tenha sido testada apenas em macacos. No site da Organização Mundial da Saúde (OMS) é possível encontrar um documento com informações sobre todas as vacinas que estão sendo criadas com o intuito de combater o novo coronavírus. Nesse documento é possível ver que a CoronaVac já passou por duas fases de ensaios clínicos, tendo sido testada em humanos na China.
A vacina já foi testada em 743 voluntários, com idades entre 18 e 59 anos, durante as duas fases de teste clínico realizados pela Sinovac. Em uma entrevista à CBN o Instituto Butantan declarou: “As primeiras fases de testes clínicos em humanos da Coronavac, que avaliam segurança e imunogenicidade (capacidade de produzir anticorpos pelo organismo), já foram realizadas na China com cerca de mil pessoas. Estudos preliminares divulgados pela Sinovac, inclusive, indicam que 90% dos participantes do estudo produziram resposta imune num intervalo de 14 dias, o que torna a vacina promissora. Vale salientar também que a terceira fase de estudos clínicos a ser realizada pelo Butantan contará com a parceria de centros de pesquisa em todo o Brasil, recrutando 9 mil voluntários”, esclarecendo o assunto.
Os testes no Brasil fazem parte da terceira etapa da vacina que, caso tenha resultados satisfatórios, será produzida em parceria com o Instituto Butantan, já em 2021, distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Muitos boatos a respeito na ineficácia, ou especulações de corrupção, têm surgido a respeito da CoronaVac desde que o governador de São Paulo, Joao Dória (PSDB), anunciou em 11 de junho a assinatura do contrato, firmando a parceria entre a farmacêutica chinesa e o Instituto Butantan.
Conteúdo de fact-checking do Pipeify.
