É falso que Bruno Covas usou cloroquina no tratamento da Covid-19

67

Circula nas redes sociais um post afirmando que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), teria usado cloroquina em seu tratamento após ser diagnosticado positivo para Covid-19. Segundo o post, Covas teria compartilhado esta informação em uma entrevista concedida à CNN Brasil.

“A POPULACAO NAO pode tomar, esse canalha usou o remédio! O prefeito de São Paulo, Bruno Covas está com Coronavírus e sem surpresa alguma, disse na CNN Brasil que faz uso de cloroquina e azitromicina. E você ai, defendendo especialista que não sabe a diferença de um comprimido para um supositório.” ­– Frase publicada no Facebook.

Essa informação é falsa. O prefeito de São Paulo não disse em entrevista que usou o medicamento cloroquina em seu tratamento. Uma reportagem do canal de televisão mostrou uma publicação feita por Covas no Instagram, na qual ele afirma que o remédio prescrito por seu médico foi a azitromicina. Após ser diagnosticado, Bruno Covas informou que estava com a doença no dia 15 de junho, em um vídeo compartilhado em sua conta oficial no Instagram no qual ele avisou que estava se sentindo bem e informou o medicamento que lhe foi receitado.

“Em nome da transparência que entendo necessária quando um político adoece, esclareço que estou tomando o medicamento prescrito pelo meu médico: Azitromicina”, disse o prefeito.

A azitromicina é um medicamento antibiótico que age em doenças causadas por bactérias, porém, em alguns casos específicos, a Covid-19 pode estar acompanhada de infecções bacterianas secundárias e, somente nesses casos, é recomendado o uso deste remédio no tratamento.

Em relação à proibição do uso da cloroquina, esta informação também é falsa. No dia 9 de maio o prefeito autorizou a inclusão do medicamento no protocolo de tratamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Em uma nota técnica mais recente, publicada em 12 de junho, a SMS não recomenda o uso, mas também não proíbe que a droga seja administrada em casos leves e moderados da doença, “em virtude da ausência de evidências científicas robustas que justifiquem tal indicação”.

Conteúdo de fact-checking do Pipeify.