Grávidas não correm risco maior de ter forma grave da Covid-19, revela pesquisa da Universidade de Oxford

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Segundo pesquisa divulgada esta semana pela Universidade de Oxford, as grávidas não correm risco maior de ter forma grave da doença provocada pelo novo coronavírus. A dúvida era uma das grandes preocupações que muitas gestantes tinham com relação a Covid-19 na atual fase de pandemia.

A análise, em parceria com outras instituições do Reino Unido, concluiu que gestantes não são mais vulneráveis a complicações graves da Covid-19 quando comparadas a outras mulheres. Foram analisadas 427 grávidas internadas com o vírus do início de março a meados de abril. No entanto, os pesquisadores descobriram que, ainda que as gestantes não sejam mais vulneráveis a complicações graves da doença, a maioria das que ficaram gravemente doentes estava no terceiro trimestre da gravidez.

O levantamento, que também contou com o auxílio das universidades de Leeds e Birmingham, Kings e Imperial Colleges London, concluiu ainda que a transmissão da infecção da mãe para o bebê é baixa e que mulheres mais velhas, com sobrepeso, e que têm doenças preexistentes, como pressão alta, diabetes, têm maior probabilidade de serem hospitalizadas com coronavírus.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), muitas pesquisas científicas estão em andamento para comprovar todos os efeitos da infecção pelo coronavírus no organismo das grávidas. Devido às alterações do corpo e do sistema imunológico normais nessa fase, são recomendadas precauções de proteção contra o vírus para evitar o agravamento dos casos. Além disso, as grávidas já foram afetadas por infecções respiratórias, como ocorreu na pandemia de H1N1. Já o Ministério da Saúde analisa a situação das grávidas na categoria de “casos especiais”, a mesma usada para cardíacos e outros grupos vulneráveis.