Circula nas redes sociais um post afirmando que a Positivo Tecnologia teria sido vendida para a Lenovo, multinacional chinesa de eletrônicos. O post ainda menciona que a Positivo venceu uma licitação do Supremo Tribunal Federal (TSE) para a fabricação de urnas eletrônicas para as eleições presidenciais de 2022.
Essa informação é falsa. A Positivo Tecnologia é uma empresa com sede em Curitiba, e possui capital aberto. Cerca de 55,4% das ações são negociadas no mercado financeiro, mais especificamente na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), segundo o Estatuto Social. 43,8% das ações são controladas por um grupo composto pelas famílias dos fundadores da empresa e, o restante das ações, é retido pela própria empresa. Dessa forma, é falso que a empresa chinesa Lenovo, que também atua no segmento de tecnologia, tenha comprado a empresa brasileira.
Em uma nota para a Agência Lupa a Positivo Tecnologia confirmou que a informação que circula nas redes sociais é falsa e não passa de um boato. “A informação não procede. É um rumor publicado nas mídias sociais. A Positivo Tecnologia não foi vendida para a Lenovo nem possui qualquer negociação neste sentido. Não há relação comercial entre as empresas”, declarou.
A única informação verdadeira no post que circula nas redes sociais é a de que a Positivo Tecnologia será a empresa responsável pelas urnas eletrônicas nas próximas eleições presidenciais. Na última quinta-feira (23), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que a empresa venceu a licitação para fabricar novas urnas que serão utilizadas nas eleições de 2022. Segundo o TSE, o preço de aquisição dos aparelhos foi de R$799,9 milhões.
“O objetivo do TSE é adquirir até 180 mil urnas para substituir parte do parque tecnológico, que atualmente é de 470 mil unidades em todo o país. Urnas fabricadas em 2006 e 2008, cuja vida útil está esgotada, precisam ser substituídas pelos novos modelos”, diz o comunicado do TSE.
Conteúdo de fact-checking do Pipeify.
