É falso que 60 mil empresas argentinas foram fechadas na pandemia

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Tem circulado pelas redes sociais um post que diz que 60 mil empresas argentinas fecharam durante a pandemia do coronavírus. Isso teria acontecido por causa das medidas preventivas adotadas pelo presidente do país, Alberto Fernández.

O post que viralizou diz: “As empresas foram obrigadas pelo governo [da Argentina], a continuar pagando os salários integrais aos seus funcionários e proibidas de despedir aqueles que julgavam não ser capazes de continuar pagando. Resultado: 60 mil empresas fecharam suas portas no país.”

(Foto: Divulgação)

No entanto, a informação não é verdadeira. Até o momento, não há dados públicos que provem que 60 mil empresas foram fechadas na pandemia na Argentina. Dados da Administración Federal de Ingresos Públicos (AFIP) mostram que, entre janeiro e maio deste ano, houve uma redução de 21.699 empresas que empregam ao menos uma pessoa e que fazem contribuições mensais à Seguridade Social.

Este número inclui tanto os negócios que deixaram de existir quanto os que suspenderam suas operações temporariamente durante a pandemia. Como parte dessas empresas pode seguir funcionando no futuro, o número precisa ser revisto.

Em agosto de 2019, a plataforma de fact-checking Chequeado, da Argentina, publicou uma checagem de uma fala do então candidato a presidente Alberto Fernández, sobre o fechamento de empresas no país. Na ocasião, Martín Kalos, economista e diretor da EPyCA Consultores, explicou que, para considerar que uma empresa está fechada é necessário considerar muitos anos, porque, depois de vários meses sem atividades, ela pode voltar a funcionar.

Conteúdo de fact-checking do Pipeify.