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É falso que “desembargador” que afastou Witzel também concedeu prisão domiciliar a Queiroz

Circula nas redes sociais um post afirmando que o “desembargador” responsável pelo afastamento Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, seria o mesmo que concedeu prisão domiciliar ao ex-assessor da família Bolsonaro, Fabrício Queiroz. (Fonte: Reprodução)

Circula nas redes sociais um post afirmando que o “desembargador” responsável pelo afastamento Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, seria o mesmo que concedeu prisão domiciliar ao ex-assessor da família Bolsonaro, Fabrício Queiroz. O post ainda diz que o mesmo desembargador teria impedido a investigação de Flavio Bolsonaro.

“Desembargador do Rio que afastou Witzel é o mesmo que soltou Queiroz” – Texto de imagem no Facebook. (Fonte: Reprodução)

Essa informação é falsa. Não é verdade que o desembargador responsável pelo afastamento de Witzel concedeu prisão domiciliar a Fabrício Queiroz. Na verdade, o responsável pelo afastamento do governador não foi um desembargador de estado, mas sim, o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Diferentemente do que circula nas redes sociais, Gonçalves não concedeu prisão domiciliar a Fabrício de Queiroz, conhecido por ter sido assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O ministro responsável por essa decisão foi João Otávio de Noronha, que também atua no STJ.

Wilson Witzel é investigado por supostas irregularidades na contratação de hospitais de campanha e na compra de respiradores e medicamentos, tudo isso feito durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. O ministro Benedito Gonçalves determinou, na última sexta-feira (28), que o governador deveria ficar afastado do cargo por 180 dias. Além do afastamento, Gonçalves também determinou a prisão do o pastor Everaldo Dias Pereira, presidente do PSC, e de mais dez pessoas.

Fabrício Queiroz é investigado por um esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O ex-assessor de Flávio Bolsonaro estava preso preventivamente desde o dia 18 de junho. O ministro João Otávio de Noronha aceitou, no dia 9 de julho, o argumento da defesa de que o investigado faz parte do grupo de risco (da Covid-19), por ser portador de câncer, e, por isso, determinou que Queiroz fosse transferido para prisão domiciliar.

Recentemente, no dia 13 de agosto, o ministro Félix Fischer revogou a decisão do presidente do STJ. Porém, a defesa de Queiroz recorreu ao STF, tendo o pedido aceito pelo ministro Gilmar Mendes e, dessa forma, Queiroz segue em prisão preventiva domiciliar.

Conteúdo de fact-checking do Pipeify.