Maju não disse que Witzel foi afastado devido a perseguição de Bolsonaro

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Circula nas redes sociais um post afirmando que a jornalista da TV Globo, Maju Coutinho, afirmou que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, teria sido afastado por culpa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo a publicação, a jornalista teria dito que o afastamento aconteceu porque Bolsonaro e seus filhos estariam perseguindo Witzel.

Essa informação é falsa. A jornalista Maju Coutinho não disse que o afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), teria acontecido devido a uma perseguição de Bolsonaro e seus filhos (Flávio, Carlos e Eduardo). Nas redes sociais da jornalista não existe nenhum registro de que ela tenha feito tal afirmação, ou qualquer outra coisa relacionada ao assunto. No Jornal Hoje, que é apresentado por Maju na TV Globo, ela mencionou a palavra “perseguição” ao reproduzir o posicionamento do governador, o que foi claramente identificado em sua fala.

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Benedito Golçalves, decidiu no dia 28 de agosto, pelo afastamento de Witzel do cargo por 180 dias. No mesmo dia, Maju noticiou a decisão no jornal que apresenta. Durante sua fala, a jornalista disse que o governador enxerga a ação do tribunal como “perseguição política”. Porém, em nenhum momento ela declarou que essa era a sua opinião.

A fala da jornalista foi: “O governador Wilson Witzel disse que está indignado com o afastamento do cargo e que sofre perseguição política”. Além disso, o jornal ainda mostrou que os procuradores envolvidos no caso responderam às declarações de Witzel, negando os motivos que ele apontou como viés da decisão.

O governador do Rio é investigado por possíveis irregularidades na contratação de hospitais de campanha e na compra de respiradores e medicamentos realizada para atender os casos de Covid-19 durante a pandemia. Witzel está tentando recorrer a decisão do ministro Benedito Gonçalves, do STJ. Porem, na última quarta-feira (2), uma Corte Especial do STJ decidiu, por 14 votos a 1, manter o afastamento.

Conteúdo de fact-checking do Pipeify.