Universidade de Oxford diz que doença de paciente que parou estudos não estaria ligada à vacina

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Em um documento enviado aos voluntários do estudo clínico da vacina de Oxford, a Universidade de Oxford, no Reino Unido, afirmou nesta quarta-feira (16) que os sintomas neurológicos que levaram à interrupção da pesquisa não estão relacionados à imunização.

“Depois de uma revisão independente, essas doenças foram consideradas improváveis de estar associadas à vacina ou não surgiram evidências suficientes para dizer com certeza que estavam ou não relacionadas. Em ambos os casos, após avaliação das informações, os revisores independentes recomendaram a retomada dos estudos da vacina”, diz o documento.

O estudo conduzido pela universidade e por sua parceira AstraZeneca passou por revisões de segurança após alguns participantes desenvolverem sintomas neurológicos inexplicáveis, como fraqueza nos membros ou “mudança de sensação”, segundo a carta direcionada aos voluntários.

Uma voluntária apresentou sinais neurológicos condizentes com mielite transversa na última semana e o estudo foi pausado no mundo inteiro para investigação. Segundo a Universidade, sintomas como fraqueza nos membros ou “mudança de sensação” podem causar outras interrupções para revisão de segurança. A pesquisa voltou, no Brasil, na última segunda-feira (14/9).

Os testes foram retomados no Reino Unido no fim de semana, e na segunda-feira no Brasil. Aqui, o número de voluntários que serão imunizados dobrou, de 5 mil para 10 mil, assim como a quantidade de municípios participantes. Somam-se a Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador os municípios de Natal (RN), Santa Maria (RS) e Porto Alegre (RS).

Hospitais e clínicas poderão recrutar quantos participantes quiser, até que o limite do país, 10 mil, seja atingido. A Universidade de Oxford acredita que, com o aumento do número de voluntários, aumentarão as chances de provocar a eficiência da vacina, levando-a mais rápido à população.