Alguns pastores de renas no Ártico russo desenterraram o corpo perfeitamente preservado de um urso da idade do gelo. A informação é conforme a Universidade Federal do Nordeste da Rússia (NEFU) na segunda-feira (14).
O animal foi exposto pelo derretimento do permafrost nas ilhas Lyakhovsky, que faz parte do arquipélago das Novas Ilhas Siberianas, no nordeste da Rússia. O urso está com os dentes e o nariz intactos.
Acredita-se que o urso seja uma espécie de urso-pardo que viveu de 22 mil a 39,5 mil anos atrás. Seus restos mortais serão estudados na NEFU e a pesquisadora de Paleontologia da instituição, Lena Grigorieva, disse à BBC que o animal seria um antigo parente do urso-pardo, uma espécie que vive hoje na Eurásia e na América do Norte.
Cientistas da universidade acreditam que a descoberta não tem precedentes. Grigorieva contou que o urso foi “a primeira e única descoberta desse tipo” a ser recuperada inteira com “tecido mole”, segundo um comunicado da NEFU.
Além disso, Grigorieva afirmou que o animal está a completamente preservado, com todos os órgãos internos no lugar, até o nariz. “Anteriormente, apenas crânios e ossos haviam sido encontrados. Esta descoberta é de grande importância para todo o mundo”, acrescentou.
A universidade vai convidar outros cientistas russos para participar do estudo. “É necessário fazer uma análise de radiocarbono para determinar a idade precisa do urso”, acrescentou a universidade, citando Maxim Cheprasov, pesquisador do laboratório do Museu Yakutsk Mammoth.
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