É falso que Exército Brasileiro está pavimentando a BR-319

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Circula nas redes sociais uma publicação afirmando que o Exército está realizando a obra de pavimentação da BR-319. A rodovia, que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM), supostamente aparece em uma imagem que mostra uma pavimentação com asfalto novo e recém-pintado. Segundo a legenda do post, a obra teria custado 40% mais barato que o valor cobrado por empreiteiras.

“Meu nome é Roberto. Resido em Rondônia e tenho uma empresa em Humaitá-AM. Gostaria muito que o povo brasileiro me ajudasse a divulgar o que está sendo feita pelo Exército brasileiro na BR 319, 40% mais barato que as empreiteiras. Você que gosta do Brasil ajude a divulgar” – Texto em post publicado no Facebook. (Fonte: Reprodução)

Essa informação é falsa. Não é verdade que o Exército está realizando uma obra de pavimentação na rodovia BR-319. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Infraestrutura, o texto que circula nas redes sociais é “inverídico” e, além disso, nenhuma obra está sendo realizada pelo exército na rodovia. O presidente da Associação dos Amigos e Defensores da BR-319, André Marsílio Carvalho e Pinho, afirma que “O Exército asfaltou a 319 nas suas extremidades, mas tem alguns anos”, e que “O trecho do meio, que corresponde a 405 quilômetros, ainda não foi repavimentado.”.

As obras realizadas pelo exército na estrada foram realizadas há mais de dez anos, ainda durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em dezembro de 2007, foi autorizada uma obra de restauração, melhoramento e pavimentação da BR-319, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Na época, cerca de R$ 31 milhões foram repassados para execução do serviço pelo Exército.

Já em outubro de 2009, foi divulgado que estava em andamento uma obra da recuperação de 190 quilômetros pelo Exército, perto de Humaitá (AM), e de mais 215 quilômetros nas proximidades de Manaus. Porém, a recuperação do trecho dependia de uma autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que pedia que fossem realizados novos estudos ambientais.

No ano seguinte, em 2010, o Tribunal de contas da União (TCU) identificou uma série de irregularidades nas obras de recuperação da rodovia. Segundo o relatório do TCU, os problemas foram, desde a qualidade do asfalto utilizado, até o preço excessivo do material.

Conteúdo de fact-checking do PaiPee.