Circula pelas redes sociais um vídeo afirmando que urnas eletrônicas teriam sido furtadas por partidários de candidato à prefeitura de Fortaleza. Nas imagens é possível ver dois homens vestindo camisetas amarelas recolhendo urnas eletrônicas em um caminhão. Segundo a legenda da publicação, os equipamentos estariam sendo furtados por apoiadores de Sarto, candidato do PDT à prefeitura de Fortaleza (CE).
Essa informação é falsa. A Polícia Federal, após a gravação, averiguou o que os ocupantes do caminhão estavam fazendo e concluiu que se tratava apenas do transporte regular das urnas eletrônicas, que iam da sede do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) para o depósito. Além disso, a remoção dos equipamentos foi feita apenas após a apuração, dessa forma, não influenciou em nada os resultados das urnas no primeiro turno.
Segundo o delegado da PF Paulo Henrique Oliveira Rocha a denúncia não tinha fundamento. “Uma guarnição abordou o caminhão e achou por bem levar para a superintendência para a verificação. Chegando lá, foi verificado que era um procedimento de recolhimento de urnas regular, dentro do planejamento do TRE e por todos os TREs do Brasil no final da votação. Há um veículo que sai recolhendo para guardar em um depósito do Tribunal. Não há nada irregular na conduta do caminhoneiro que foi abordado pela PM”, afirmou o delegado à imprensa.
Em nota o TRE-CE informou o recolhimento das urnas eletrônicas após o término da apuração é um procedimento logístico e comum durante as eleições. Este transporte ocorre apenas após a emissão da contabilização oficial dos votos, assim, não interferindo no resultado das eleições.
Os funcionários da empresa que foi contratada para realizar o transporte usavam camisetas amarelas, cor usada na campanha de Sarto (PDT) à prefeitura de Fortaleza (CE) e, por isso, acabaram sendo acusados de furtar os equipamentos para fraudar a eleição.
De acordo com o TRE, apesar de não ter ocorrido fraude no transporte, a corte avaliou que o uso de camisetas da cor amarela é uma quebra contratual, já que o contrato proíbe o uso de vestimentas que façam referência a algum tipo de propaganda política.
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.