Circula nas redes sociais uma publicação afirmando que o supercomputador, utilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a contabilização dos votos eleitorais, é um serviço terceirizado de nuvem. Segundo o post, esse fato deixaria dados da votação vulneráveis. O post começou a circular após uma falha em um supercomputador, no primeiro turno das eleições municipais, ter sido responsável pelo atraso na apuração.
Essa informação é falsa. Não é verdade que o supercomputador do TSE é um serviço de nuvem terceirizado. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o processamento dos votos é realizado por dois supercomputadores, ambos mantidos em uma sala-cofre. Os equipamentos foram cedidos ao TSE pela empresa Oracle, durante quatro anos. Apresar de a empresa também oferecer serviços de armazenamento em nuvem, esse serviço não foi contratado pelo tribunal.
Também é falso que “O TSE não tem controle algum sobre o que é… Nem como funciona… Quem controla ele é uma empresa estrangeira Oracle…”. De acordo com o TSE, a empresa, além de ceder os equipamentos, ainda oferece softwares de banco de dados e presta serviços de suporte e atualização. Porém, o controle das máquinas é exclusivo do TSE. A Oracle preta serviços ao tribunal desde 1996, quando a primeira eleição com sistema eletrônico foi realizada no Brasil.
Embora seja verdade que a contratação da empresa foi realizada sem licitação, essa informação foi retirada de contexto. O contrato firmado entre o TSE e a Oracle foi realizado sem licitação com base na prerrogativa de ausência de concorrência. Apesar disso, o acordo deve seguir os outros trâmites legais necessários.
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.