De acordo com um levantamento idealizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), apoiadores de Jair Bolsonaro (sem partido) – blogueiros e seguidores – e o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL), teriam sido os principais disseminadores de fake news durante o primeiro turno das eleições municipais de 2020.
A lista rankeada pela DAPP/FGV no Twitter, entre os dias 15 e 26 de novembro, apontou que os principais impulsionadores de notícias falsas no Twitter sobre fraude eleitoral foram o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e bolsonaristas que são alvos de inquéritos que investigam a disseminação de fake news. A informação foi revelada pela coluna Painel, da Folha de São Paulo.
Oswaldo Eustáquio, blogueiro preso duas vezes por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), teria sido um dos nomes que mais divulgou notícias falsas durante as eleições, segundo a FGV.
++ É falso que Boulos ‘prometeu deixar o país’ após derrota nas eleições
Além de fraudes eleitorais, Oswaldo disseminou fake news sobre Guilherme Boulos, candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo. As informações citadas pelo blogueiro chegaram a ser citadas por Celso Russomanno (Republicanos) em um debate no primeiro turno promovido pela Folha de São Paulo.
Ainda de acordo com a pesquisa promovida pela DAPP, o filho do presidente e outros parlamentares conhecidos por apoiarem Jair Bolsonaro publicamente, como Carla Zambelli (SP), Bia Kicis (DF), Filipe Barros (PR) e Daniel Silveira (RJ) são nomes apontados como maiores difusores de notícias falsas. Os citados também são alvos de investigação que está com a Procuradoria Geral da República (PGR) que apura ataques à Justiça Eleitoral.
A lista da FGV ainda é encabeçada por blogueiros bolsonaristas como Leandro Ruschel, Allan dos Santos e Bernardo Küster.
A hashtag mais disseminada no período eleitoral, de acordo com o monitoramento, foi #votoimpressoja, com mais de 38 mil publicações.
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.