Circula nas redes sociais uma publicação afirmando que seis voluntários morreram após participarem dos testes da vacina contra a Covid-19, que é produzida pela Pfizer e pela BioNTech. A mensagem já foi publicada no Facebook e no Twitter, somando mais de 1.600 compartilhamentos.
A informação que circula nas redes sociais é falsa. Não existem evidências conclusivas de que as mortes dos seis voluntários, que ocorreram ao longo dos testes da vacina da Pfizer, foram causadas devido a imunização.
As postagens citam como fonte uma revisão publicada pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora americana. Porém, o que o post omite é que, quatro dessas seis mortes ocorreram no grupo de controle e, além disso, a própria FDA não encontrou correlação entre os outros dois óbitos e a vacina.
Segundo o documento original do FDA, um total de seis, entre 43.448 voluntários dos testes, morreram durante o processo de análise da imunização. Desse número, apenas dois deles receberam o imunizante, enquanto os outros quatro receberam apenas um placebo.
O FDA concluiu ainda que uma das mortes registradas, no grupo que tomou a vacina, foi causada por parada cardíaca 62 dias após a segunda dose e a outra, por aterosclerose três dias após a primeira dose. Em ambos os casos os voluntários tinham mais de 55 anos.
Com essas informações a FDA concluiu que “todas as mortes representam eventos que ocorrem na população geral das faixas etárias em que ocorreram, em taxas semelhantes” e, dessa forma, não existe relação entre a imunização e os óbitos.
Poucos dias após a publicação do documento, os Estados Unidos aprovou o uso emergencial da vacina da Pfizer. Com início na última segunda-feira (14), o país espera que a vacinação atinja 20 milhões de americanos já no primeiro mês de aplicações.
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.