Após prisão de Crivella, Eduardo Paes comenta transição de governo

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O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), comentou nesta terça-feira (22) que a transição para a sua gestão na cidade seguirá “da mesma forma”, ao saber sobre a prisão do atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) hoje, a nove dias de encerrar seu mandado.

“Conversei nessa manhã com o presidente da Câmara de Vereadores Jorge Felipe para que mobilizasse os dirigentes municipais para continuar conduzindo suas obrigações e atendendo a população. Da mesma forma, manteremos o trabalho de transição que já vinha sendo tocado”, escreveu Paes em uma rede social.

Jorge Felippe (DEM) é presidente da Câmara de Vereadores e vai assumir a presidência enquanto Crivella estiver preso. Fernando Mac Dowell, vice do prefeito, morreu em 2018 vítima de um infarto.

Paes fez ainda um apelo aos servidores da saúde solicitando que sigam seu trabalho. “Peço especialmente aos servidores da nossa rede de saúde: Passamos por uma pandemia – além das dificuldades já conhecidas – e a população precisa do nosso esforço”.

Por ironia do destino, durante a campanha eleitoral para a prefeitura do Rio, Crivella chegou a declarar em um debate que Paes seria preso e citou o empresário Rafael Alves, preso hoje.

“Eduardo Paes vai ser preso, e digo isso com o coração partido. E vai porque cometeu os mesmos erros de Cabral e Pezão. Ele vai ser preso”, disse Crivella durante o debate. “Vocês vão perceber o desespero do candidato. Ele vai usar esse tom a noite inteira e eu quero tratar de propostas para a cidade. E ele morre de medo de ser preso quando aquele Rafael Alves, do QG da Propina, começar a falar”, completou ele.

Eduardo Paes foi eleito com 64,07% dos votos válidos (1.629.319 votos), contra 35,89% de Crivella (913.700), uma diferença superior a 715 mil votos.