Circula nas redes sociais uma publicação afirmando que a CoronaVac pode provocar dez tipos de câncer e desencadear pensamentos suicidas. A vacina é desenvolvida pela farmacêutica Sinovac e está em fase final de testes no Brasil por uma parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.
Ao contrário do que circula nas redes sociais, não existem registros de que a CoronaVac, vacina em fase de testes no Brasil, cause câncer ou “pensamentos suicidas”. No dia 17 de novembro, os resultados das fases I e II dos testes clínicos da CoronaVac foram publicados na revista científica “The Lancet”. Segundo os testes, o principal efeito adverso do imunizante era dor no local em que a vacina foi aplicada. Um dos voluntários que recebeu a vacina chegou a apresentar uma irritação na pele, mas o efeito do superado após 48 horas e não se repetiu após a aplicação da segunda dose.
Em outubro, a Sinovac, que é a empresa responsável pelo desenvolvimento da vacina, divulgou dados sobre o uso do imunizante em 50 mil pacientes chineses. Segundo os dados apresentados, cerca de 5,36% dos participantes tiveram efeitos colaterais, sendo os mais comuns: dor no local da aplicação, fadiga e febre moderada. Os resultados da fase III de testes da CoronaVac, que está sendo realizada parcialmente no Brasil, ainda não foram divulgados.
Segundo o Instituto Butantan afirmou que a informação que circula nas redes sociais é falsa e, em nenhum dos casos de efeitos adversos, houve a ocorrência de desenvolvimento de câncer ou “pensamentos suicidas” nos participantes.
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.
