Circula por grupos de WhatsApp um áudio com uma série de denúncias sobre algumas vacinas contra o novo coronavírus. Ao longo de 11 minutos, o autor fala que vacinas da Austrália “têm HIV”.
Namensagem, o homem que diz ter experiência na área de diagnóstico médico também afirma que o SARS-Cov-2 “é um vírus fajuto que ninguém conseguiu isolar” e que não tem sintomas definidos. O áudio termina com o autor afirmando que os testes PCR, para diagnóstico da Covid-19, não funcionam.
Não é verdade que foi encontrado o vírus HIV em todas as vacinas da Austrália. Diferentemente do que afirma o áudio, uma candidata australiana da vacina teve os estudos interrompidos em dezembro porque, após a primeira fase de testes, gerou anticorpos para o HIV em alguns participantes. De acordo com a Universidade de Quensland e a farmacêutica CSL, foram realizados mais testes para averiguar a possível presença do vírus nesses participantes. Essa hipótese foi descartada pelos pesquisadores.
Já o teste RT-PCR (Reação de Transcriptase Reversa seguida de Reação em Cadeia da Polimerase, em tradução da sigla em inglês), também conhecido como teste molecular, identifica a presença do ácido ribonucleico (RNA) viral do SARS-CoV-2. É um dos dois principais exames para identificar a infecção pelo novo coronavírus. De acordo com o Ministério da Saúde, se feito na janela de tempo correta, a eficácia é acima de 90%. “O teste PCR vê o material genético e, portanto, é o melhor teste para identificar a doença. Tem acurácia acima de 90% e é raro dar um falso positivo”, confirma a médica e professora da UFSC Ana Luiza Curi Hallal.
Recomenda-se que esse teste seja feito no início da doença, especialmente na primeira semana, quando se tem grande quantidade do vírus Sars-CoV-2 no organismo. As amostras são coletadas por meio de swabs (cotonetes) de nasofaringe (nariz) e orofaringe (garganta).
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.