Foi compartilhado nas redes sociais nesta segunda (15), um comunicado que diz que um novo estudo publicado na revista Cancer Discovery comprova que o uso prolongado de máscara de proteção facial contribui para o desenvolvimento de câncer de pulmão.
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A notícia falsa existe em inglês e português, ambas com a mesma imagem, e cita de forma errônea o estudo “A disbiose das vias aéreas inferiores afeta a progressão do câncer de pulmão”, orientado pelo professor Leopoldo Segal da Escola de Medicina da Universidade de Nova York.
A fake news relata que as máscaras estão impedindo os pulmões de funcionarem em conformidade e que assim criam um ambiente úmido para a cultivação de micróbios: “O câncer de pulmão progride quando os pulmões são forçados a regurgitar micróbios. O uso prolongado da máscara cria um ambiente úmido que cultiva micróbios. Esse ambiente tóxico não apenas força a pessoa a regurgitar seus próprios dejetos, mas também inunda os pulmões com micróbios que causam um ambiente tóxico que alimenta o câncer de pulmão.”
O líder do estudo foi alertado sobre a notícia falsa pelo Twitter. “Isso é ultrajante! Não é uma interpretação errônea do estudo, mas sim um ato malicioso para promover uma agenda anti-máscara infundada e ignorante.”, disse Leopoldo em resposta.
O experimento em si, que contou com 148 voluntários recrutados entre março de 2016 e outubro de 2018, foi publicado pela American Association for Cancer Research bem antes da pandemia.
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.