A ativista sueca Greta Thunberg, de 18 anos, esteve em coletiva com o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, nesta segunda-feira (19), para discutir a pandemia da Covid-19 e as questões climáticas. Thunberg criticou a postura de líderes mundiais no combate à doença. Especialmente o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
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Para a ambientalista, Bolsonaro “falhou em tomar responsabilidades para preservar as condições de vida atuais e futuras da humanidade”. A ativista acredita que Jair Bolsonaro “tem uma responsabilidade enorme” no problema e tem “falhado em assumir essa responsabilidade relacionada à pandemia e à mudança climática”.
Greta criticou os países mais ricos, que estenderam a vacinação à população fora dos grupos de risco, e apontou a desigualdade na imunização ao redor do mundo. “É preciso proteger, priorizar os mais vulneráveis e os que trabalham na linha de frente, não importa o país em que estão”, defendeu.
Ela também chamou atenção para a necessidade de atitudes “reais” e atribuiu o descaso com o meio ambiente como a causa de crises sanitárias. “Podemos ter quantas cúpulas quisermos, mas, enquanto não tratarmos a crise como uma crise, não poderemos alcançar grandes mudanças”, afirmou. O alerta antecede a Cúpula de Líderes sobre o Clima, evento convocado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que acontece nos próximos dias 22 e 23 de abril.
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A jovem ativista recebeu elogios do diretor-geral da OMS. “Greta Thunberg inspirou milhões de pessoas em todo o mundo a tomar medidas para enfrentar a crise climática e seu forte apoio à equidade das vacinas para combater a pandemia de COVID-19 demonstra mais uma vez seu compromisso em tornar nosso mundo um lugar mais saudável, seguro e justo para todas as pessoas”, disse Adhanom. A fundação de Greta Thunberg irá doar 100 mil euros para o consórcio Covax Facility, iniciativa que tem o objetivo de auxiliar a OMS a levar vacinas anti-Covid para os países mais pobres.
