Em depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (5), o ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, negou ter orientado a produção de cloroquina pelo Exército brasileiro durante sua gestão. O ex-ministro alegou não ter participado dessa decisão. Se aconteceu alguma coisa, foi fora do meu conhecimento”, disse. Entretanto, pressionado pelo senador Randolfe Rodrigues, Teich confirmou sua participação em uma reunião técnica sobre o medicamento no dia 23 de abril de 2020.
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Na reunião, foi apresentado um documento do Conselho Federal de Medicina (CFM) ao presidente Jair Bolsonaro sobre a ampliação do uso da cloroquina. Em seu depoimento, o ex-ministro afirmou ter deixado o cargo devido à falta de autonomia e por insistência de Bolsonaro na implementação do remédio, sem eficácia comprovada, como tratamento precoce contra o vírus da Covid-19.
A CPI da Covid investiga as irregularidades e omissões do governo federal no combate à pandemia do coronavírus. Até o momento, foram apontadas 11 vezes em que o governo Bolsonaro recusou ofertas para a compra de vacinas. O ex-ministro Henrique Mandetta ainda revelou um decreto presidencial que propunha a alteração da bula da cloroquina para indicá-la no tratamento da Covid-19, o que foi recusado pela Anvisa.
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.
