Bárbara Paz declara ser uma pessoa não-binária

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A atriz Bárbara Paz tem chamado atenção da web ao revelar ser uma pessoa não-binária, ou seja, que não se identifica com o gênero masculino e nem com o feminino. A revelação da artista foi feita nesta sexta-feira (28) em uma entrevista para o podcast “Almasculina”.

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“Não sei bem quem eu sou. Se tiver alguma referência para me dizer quem eu sou, ainda estou em busca. Sou muitas coisas. Sou muitos, muitos, muitas. É difícil dizer quem você é para se apresentar. Sou uma pessoa de fazer o que tenho dentro, o que não é pouco”, disse ela.

No bate papo que seguiu, Bárbara falou como prefere que seja feito o seu tratamento: “Quando ouvi esse discurso do não-binário, do transgênero, pensei: ‘Será que se tivesse escutado isso com 12 ou 13 anos, eu teria achado que eu era pelo fato de eu sentir isso?’. Às vezes, eu me olhava no espelho e me sentia um garoto. Eu me olho no espelho hoje e sou uma mulher com curvas… E você fala: ‘Nossa, é superestranho’. Muitas vezes. Não é que eu não gosto. É estranho, às vezes. E às vezes eu gosto. Então, gosto de ser menino e de ser menina. Pode? Hoje pode! Então hoje chama não-binário? Isso! Nossa, que legal! Então, está tudo certo eu falar isso? Não. Então, cada vez mais a gente consegue respirar e ser a gente”, declarou.

Desde muito nova a artista questionou as normas que eram impostas para ela e logo muito cedo precisou desenvolver responsabilidades sérias em sua casa, assumindo um papel de cuidado:

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“Eu acho que eu fui o homem da casa. Mesmo sendo a criança, eu me sentia responsável por cuidar da casa. Sempre tive cabelo curto, fui muito magra. Não tinha tênis, tinha um Kichute. Eu tinha que usar um vestidinho para agradar à minha mãe. Só que eu detestava aquele vestidinho amarelinho. Sempre quis agradar muito. Então, eu era metade menino, metade menina. Por isso falei: cresci assim. Eu era uma indefinição. Sou muito feminina, tenho os traços femininos: lourinha, toda princesinha, ‘ai que bonitinha, toda pequenininha’. Agora não sou mais tão pequenininha. Mas esse lado masculino, de ser moleque, menino, nasceu comigo”, declarou.

Conteúdo de fact-checking do PaiPee.