O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta quinta-feira (28), em depoimento à CPI da Covid, que as falas de Bolsonaro contra a CoronaVac atrasaram as negociações de compra da vacina. O discurso de Covas desmente o do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que negou a interferência do presidente nas negociações.
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Em seu depoimento, Dimas Covas revelou ter participado de reuniões com o Ministério da Saúde para discutir o contrato do imunizante, que só foi assinado em janeiro deste ano. “Em outubro eu fui três vezes ao Ministério da Saúde […] A partir do dia 20 essas tratativas simplesmente pararam”, afirmou o diretor do Butantan.
Ainda segundo Dimas Covas, “o Brasil poderia ter sido o primeiro país do mundo a iniciar a vacinação”, se não fossem os percalços de contrato e regulamentação.
Desde o início, o presidente Jair Bolsonaro se mostrou contrário à compra da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Contudo, o ex-ministro Pazuello alegou que Bolsonaro “nunca o mandou desfazer qualquer contrato” com o instituto.
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.