Nesta seta-feira (28) foi divulgado o laudo de exame de pesquisa de substância tóxica em amostras biológicas feito no corpo do cantor Kevin Nascimento Bueno, o MC Kevin.
Segundo apontou o relatório, foram encontradas duas substâncias compatíveis com os padrões de cafeína e metilenodioximetanfetamina, uma droga sintética popularmente conhecida como MDMA ou MD. O resultado corrobora os depoimentos prestados por testemunhas na 16ª DP (Barra da Tijuca), no inquérito que apura a morte do funkeiro, que dão conta que o jovem usou bebida alcoólica, energético além de entorpecentes antes de cair da varanda do quarto 502 de um hotel na Barra da Tijuca.
De acordo com o documento, assinado pela perita Raquel Cenachi Madalosso, o sangue foi analisado com as técnicas chamadas Cromatografia em Camada Delgada (CCD) e Cromatografia Gasosa com detector de Espectrofotometria de Massas (CG-MS), e, de acordo ela, as duas substâncias foram detectadas.
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O MD age no sistema nervoso central, liberando neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina, envolvidos no controle do humor, termorregulação e sono. Entre os sintomas gerados, estão sensibilidades ao toque, percepção de cores mais fortes, aumento da energia física e mental. O aumento da frequência cardíaca e da temperatura corporal são também efeitos de curto prazo. Por isso, o consumo de água é constante entre usuários.
Segundo o perito Nelson Massini, professor titular de Medicina Legal da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a combinação de cafeína, que pode ser da ingestão de energéticos, e de metilenodioximetanfetamina, com álcool cria uma “fórmula devastadora”.
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O exame do Instituto Médico-Legal apontou uma concentração de 13dg/L no corpo de Kevin — teor considerado médio, numa escala que varia entre a sobriedade e a morte de um indivíduo. Nesse patamar, a pessoa tende a apresentar incoordenação, perda do julgamento crítico e da memórias e tempo de reação aumentado.
— Enquanto a bebida alcoólica tira o raciocínio lógico, o MD alucina, causando hiperatividade, psicose e até ataques de pânico. Essa mistura tem levado a muitas mortes no Brasil, seja na direção de veículos, brigas e pelos efeitos deletérios ao organismo — explica.