Em depoimento à CPI da Covid, nesta terça-feira (1), a médica e oncologista Nise Yamaguchi negou a existência de um “gabinete paralelo” junto ao Palácio do Planalto para discutir o combate à pandemia da Covid-19. Os senadores contradizem a versão de Yamaguchi e acreditam na existência do grupo, segundo informações do Agência Senado.
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“Nós já temos provas e fortes evidências da participação de algumas pessoas no gabinete paralelo em circunstâncias variadas, como o vereador Carlos Bolsonaro, o deputado Osmar Terra, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, o médico Luciano Azevedo, o empresário Carlos Wizard e a senhora”, declarou o relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) também se posicionou sobre a participação da médica no chamado “gabinete do ódio” e apresentou registros dos núcleos que compõem o grupo. Yamaguchi nega as acusações e se declara uma “colaboradora eventual” quando solicitada por algum governo.
Outras contradições
Nise Yamaguchi também foi desmentida pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass). Após ter afirmado fazer parte do Conselho, a médica voltou atrás e corrigiu a própria fala, dizendo ter apreço pelos secretários. Após a declaração, o Conass se pronunciou e declarou, através das redes sociais, que a oncologista não tem vínculo com a entidade.
Quem também contradisse Yamaguchi foi o deputado federal ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-SP). A médica relatou ter trabalhado com o petista por um ano, antes de pedir para retornar à universidade de onde foi “emprestada”. Contudo, em nota, o ex-ministro afirmou que a Dra. já era assistente do Ministério da Saúde quando assumiu a Pasta, mas foi exonerada por ele em 2011.
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.