A Secretaria estadual de Saúde (SES) confirmou, nesta quinta-feira (22), os quatro primeiros óbitos pela variante Delta da Covid-19 no Rio. Segundo a pasta, os pacientes eram uma mulher de 73 anos morta em Nova Iguaçu, no dia 4 de julho; um homem de 50 anos de Duque de Caxias, morto em em 5 de julho; uma mulher de 43 anos, também de Nova Iguaçu, que veio a óbito em 10 de julho; e um homem de 53 anos, morto em 14 de julho, cujo município de domicílio ainda está em investigação.
Segundo o Ministério da Saúde, oficialmente são 135 registros dessa variante mais contagiosa e mais resistente à primeira dose das vacinas contra a Covid-19.
Mas os números podem ser bem maiores, pois a prevalência da variante Delta já é de quase 16% no país, segundo levantamento da Covariants.org, plataforma que reúne o trabalho de especialistas de todo o mundo sobre as mutações do coronavírus.
Se os 16% de prevalência forem extrapolados para os novos casos do país, isso significa 4,5 mil infecções diárias causadas pela variante Delta (levando em conta nesse cálculo a média móvel de registros de infectados no Brasil, que foi de 37,9 mil na quarta-feira, dia 21).
A Secretaria municipal de Saúde de Caxias, por intermédio do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (CIEVS), informou que o paciente em questão tinha 50 anos e apresentava comorbidades. O homem era morador da própria cidade, situada na Baixada Fluminense, e deu entrada na UPA Beira Mar em 26 de junho para primeiro atendimento. Dois dias depois, ele foi internado e transferido para a UTI do Hospital municipal Doutor Moacyr Rodrigues do Carmo, também em Caxias, onde acabou morrendo em 5 de julho.
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Durante a internação, ainda de acordo com o CIEVS, o paciente apresentou febre, tosse e falta de ar. A tomografia de tórax apontou que ele estava com 50% dos pulmões comprometidos pela doença. Segundo a Prefeitura de Caxias, a confirmação de que ele havia contraído a variante Delta foi feita pela Secretaria estadual de Saúde, “que monitora os resultados dos exames realizados em todo o estado”. O município diz ter sido informado do diagnóstico no último domingo, dia 18 de julho.
Segundo a SES, o programa de vigilância genômica da Covid-19, sob a tutela da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SVAPS), analisou 380 amostras na última rodada. De acordo com a pasta, os dados mostraram que aproximadamente 78% dos casos avaliados eram da variante P.1 (Gama/Brasil), e 16% da variante B1.617.2 (Delta). “Dessa forma, é possível afirmar que foi identificada circulação da variante Delta no estado do Rio de Janeiro. Contudo, a variante P.1 ainda continua sendo a mais frequente”, pontua a secretaria.
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.