Deolane Bezerra, viúva de MC Kevin, causou polêmica na última quinta-feira (29) ao conceder uma entrevista elogiando o pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.
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A advogada, que chegou inclusive a declarar voto ao mesmo, revelou o motivo de ter tanto apreço por Lula. Na entrevista concedida ao canal do Pod Pah, Deolane relembrou um momento em que esteve ao lado de um dos principais líderes do Partido dos Trabalhadores (PT).
“Papai…Eu amo aquele ‘véi’ demais. Me julguem. Eu tenho uma foto dele, do dia que ele se entregou em São Bernardo do Campo”, disse ela ao Pod Pah. Em seguida ela disse que Lula havia sido o pai que ela não teve. “Foi o pai que eu não tive. Nunca ganhei um real do governo Lula, já adiantado”.
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Vale resssaltar que essa não é a primeira vez que a advogada declara seu carinho pelo seu conterrâneo, recentemente, durante uma outra entrevista para um podcast, Deolane já havia dito que amava Lula.
“Nós somos da esquerda. Eu não sou esquerda em direita, sou Lula mesmo, ele pode estar em qualquer lado. Vou no meu nordeste e vejo o que era antes e o que era hoje. Gente, não tem mais mortalidade infantil depois que ele surgiu. A prova está aí, o nosso Supremo ([Tribunal Federal] absolveu o homem! Papai Lula, ô meu Deus, amo ele demais”.
Lula condenado por corrupção
Vale lembrar que Lula permaneceu preso por 580 dias. No dia 12 de julho de 2017, Sergio Moro, juiz federal de primeira instância, condenou Lula a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação penal envolvendo um triplex no Guarujá.
A segunda condenação: sítio de Atibaia
O ex-presidente foi acusado de receber propinas das construtoras OAS e Odebrecht por meio de reformas, em 2010, num sítio no município do interior paulista.
O imóvel pertence formalmente ao empresário Fernando Bittar, mas o MPF alega que Lula é o verdadeiro dono do sítio e era o principal usuário do local.
Soltura de Lula
Em 8 de março de 2021 o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin anulou as condenações de Lula por considerar que foram decididas por um tribunal que não tinha competência jurisdicional para julgar o caso. A decisão atendeu um pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente em novembro de 2020. Fachin decidiu que a Justiça Federal do Paraná não tinha competência para julgar as quatro ações do processo, passando os processos a ser analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, que deve validar ou não as decisões da Justiça Federal do Paraná.
Com isso, Lula recuperou seus direitos políticos. Fachin declarou nulas todas as decisões da 13ª Vara Federal de Curitiba, que deve acatar a decisão e remeter os autos à Justiça Federal do Distrito Federal, bem como a “perda do objeto”, extinguindo quatorze processos que tramitavam no STF questionando a imparcialidade de Sergio Moro nas condenações de Lula. Em 15 de abril de 2021 o plenário do Supremo Tribunal Federal, em sua maioria, anulou oficialmente as condenações do ex-presidente feitas pelo então juiz Sérgio Moro no âmbito da Lava Jato.
Com a decisão, o processo, que semanas antes havia sido redirecionado por decisão de Fachin, teve também os atos instrutórios anulados, de modo que nenhuma ação feita pelo ex-juiz poderá ser reaproveitada pelo juízo competente.