Em uma mega ação trabalhista contra a Rede Globo, que reúne pelo menos oito ex-câmeras do ”Big Brother Brasil”, Boninho é acusado por seus ex-prestadores de serviço de assédio moral. Os profissionais, que eram contratados por uma empresa terceirizada, alegam que eram submetidos a tratamentos humilhantes e grosseiros por parte do diretor global.
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Ex-funcionários movem ação contra Boninho
Segundo as informações da colunista Fábia Oliveira, do Jornal O Dia, eles afirmam que Boninho costumava gritar e ofender pessoalmente os trabalhadores, chegando “a agarrar um dos profissionais pelo casaco, pelo simples fato do mesmo ter pedido ajuda a um colega de trabalho para soltar a roda de sua câmera que ficou presa no cabo, o que o impedia de continuar circulando no trilho no qual as câmeras se movimentam dentro do Câmera Cross (corredor onde ficam localizadas todas as câmeras ocultas da casa)“.
Os ex-funcionários alegam ainda que a mesma situação foi vivida por outro câmera, que também teria sido humilhado pelo diretor, que supostamente o sacudia e o ofendia aos berros.
Péssimas condições de trabalho
Além das acusações de assédio moral, os profissionais citam as condições de trabalho as quais eram submetidos dentro do corredor Câmera Cross: “(…) péssimas condições de higiene e de trabalho, pois tinham que trabalhar nove horas seguidas, em um corredor estreito e escuro, sem qualquer condição de higiene“.
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Declararam também que “constantemente se deparavam com ratos, morcegos, ouriços, gambás, aranhas, marimbondos e cobras, sendo que um dos reclamantes chegou a ser picado por uma aranha“. Há, ainda, relatos sobre “as portas de emergência serem trancadas, o que inviabilizava eventual fuga do ambiente, sendo que eles trabalhavam próximos a bolos de fios, alguns desencampados, o que aumentava o risco ao qual eram submetidos“.
Rede Globo nega acusações
Em sua contestação, a emissora negou veementemente todas as acusações: “As alegações são completamente inverídicas. Os reclamantes jamais sofreram qualquer tipo de humilhação por parte do diretor e, muito menos, foram submetidos a condições de trabalho inóspitas. Enfim, a inicial é repleta de inverdades.“, diz um trecho do documento.
A Globo pediu a extinção da ação. Os advogados da emissora disseram, ainda, que os vídeos apresentados pelos profissionais na Justiça – que mostram as condições insalubres do então local de trabalho – podem ter sofrido manipulações através de edições.
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.
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