Veja quem recusou participar de documentário de Galvão Bueno

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Ao longo de 4 décadas de profissão, o narrador esportivo mais emblemático da TV, lança seu documentário “Olha o que ele fez”. Disponibilizado nesta última quinta-feira (18), na Globo Play, plataforma digital da emissora em que Galvão Bueno trabalhou ligado ao mundo dos esportes e como principal narrador da TV Globo durante 41 anos. 

Sob a direção de Sidney Garambone e Gustavo Gomes e Gustavo Gomes, o documentário retrata a perspectiva de mais de 50 pessoas que foram ouvidas a fim de construir o perfil de Galvão. Contudo, nem tudo são rosas. Durante seus anos enquanto narrador, Galvão também teve alguns desafetos em sua carreira profissional, algo que será retratado na sequência de episódios do novo documentário. 

Confira o trailer do documentário “Olha o que ele fez”:
https://twitter.com/i/status/1659188077556899840

Quais foram as personalidades que disseram não à Galvão 

Entre os nomes que recusaram o convite para participar do documentário “Olha o que ele fez”, o comentarista e ex-colega de emissora Renato Maurício Prado foi um dos nomes que refutou participar. O motivo teria sido devido a uma discussão que aconteceu ao vivo no programa esportivo “Bem, Amigos”, em 2012.  Segundo Renato, se Galvão quisesse de verdade fazer as pazes com o comentarista, o teria procurado previamente e pessoalmente, não por meio de produtores, como ocorreu. 

O craque e eterno “Menino Neymar”, nas palavras de Galvão, também foi outra personalidade que preferiu não aceitar o convite para fazer parte do documentário. O atacante camisa 10 do Paris Saint-Germain, Neymar, recusou participar da série documental. Vale ressaltar que o jogador sofreu críticas do narrador por seu desempenho dentro de campo, algo muito diferente do que se via antes, enquanto era uma jovem promessa do Santos no Brasileirão Série A e muito elogiado por Galvão Bueno. 

O ex-treinador da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, foi outro nome que entrou na lista de pessoas que recusaram o convite para participar do documentário “Olha o que ele fez”. Na época, Galvão Bueno teria criticado o técnico Felipão por conta dos 7 x 1 na Copa do Mundo contra a Alemanha, em 2014. 

Segundo o diretor do documentário, Sidney Garambone, foi dito a Felipão que essa seria uma maneira de esquecer as desavenças do passado, já que Galvão Bueno não foi o único a criticar a atuação de Felipão enquanto técnico da Seleção Canarinho. 

Além de peças importantes do universo futebolístico, Nelson Piquet, 3 vezes campeão da Fórmula 1, foi outro nome que não aceitou o convite para participar do documentário de Galvão Bueno. Piquet já havia se queixado da personalidade de Galvão em diferentes momentos anteriores e até mesmo dizendo que o narrador era “chato”. 

Ainda que os nomes citados acima tenham recusado o convite, o público pode esperar imagens dos arquivos com as personalidades que fazem parte, de certo modo, da história de Galvão Bueno como narrador esportivo.

As recusas de alguns convidados fazem o documentário mais verossímil

De acordo com um dos diretores do documentário em formato de minissérie, Garambone, a série foi planejada para abordar todas as nuances de Galvão Bueno. Inclusive, o próprio Galvão, em uma das reuniões realizadas logo no início da produção, disse que não queria que sua história fosse revisitada por meio de um viés seletivo ou manipulado, e sim trazendo a verdade tal como ela é. 

É justamente as lembranças das pessoas que de alguma forma  conviveram com Galvão Bueno que contribuíram e personificaram Galvão Bueno.

A gente quer mostrar que o Galvão não era fácil. O Galvão é esse personagem gigante, cheio de contradições. É impossível não passar dos limites em uma bronca, estando ao vivo para 100 milhões de pessoas”, relata o diretor Sidney Garambone. 

Até mesmo Cafu, antes de aceitar o convite para participar do documentário, alegou que Galvão era “corneteiro” e que devia desculpas à ele, em resposta, Galvão devolveu com uma indagação: “Desculpas pelo o que?”. O piloto de fórmula Rubens Barrichello também disse que o narrador fala demais. 

Para finalizar, o diretor não considera exatamente negativa a ausência da participação daqueles que foram convidados, já que isto torna os trechos do documentário ainda mais verossímeis e ricos. 

No 1º episódio Galvão diz em reencontro com Zinho, onde o narrador se desculpa e acrescenta: “Eu não sou 100% bonzinho, mas eu também não sou um monstro”, diz o narrador brasileiro de 13 Copas do Mundo.