Patricia Poeta relembrou uma fase conturbada de sua vida pessoal durante o parto de seu único filho, Felipe, de 21 anos. A apresentadora e jornalista só se deu conta da situação quando ocorreu o nascimento nos Estados Unidos, época em que era correspondente da Globo, em 2002.
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“Com 41 semanas, um dia fui para o hospital fazer mais um exame, daqueles que você faz quando a criança está para nascer, e dali não saí mais. Dali em diante, várias experiências seriam vividas. Foram 14 horas para que o bebê nascesse de parto normal. Coisa que não tinha chance de acontecer. Nessas horas, de cinco em cinco minutos, a dor, com o parto induzido e sem anestesia, era extrema. E, apesar de passar por tudo aquilo e pedir por medicação, nada me foi dado”, disse a famosa em entrevista ao Universal (UOL).
De acordo com Patricia Poeta, os médicos decidiram esperar pelo bebê mesmo com riscos sem pensar no bem-estar dela: “Depois de todas essas horas sofrendo, fui levada para uma sala de cirurgia. Começava um novo parto, no dia seguinte. Dessa vez, cesariana. Nessa hora, a sensação que tinha era de que não existia mais. Não tinha sobrado nada de mim. Sensação de não ter mais forças”.
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“Era como se tivesse passado por uma tortura. Meu coração estava mais acelerado do que nunca. Tinha medo, muito medo de tudo que tinha vivido nas últimas horas e do que poderia acontecer. Tenho um trauma tão grande que até hoje não consigo ver filmes, documentários de parto. Criei uma espécie de bloqueio”, complementou a jornalista.
Patrícia Poeta entendia que tal atitude dos médicos e enfermeiras era algo cultural do país, mas depois soube que não: “Percebi que nada justificava aquilo. Fui estudar o posicionamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) quanto à violência obstétrica e aí caiu a ficha: eu tinha sido vítima.”
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