A nova Contribuição Nacional Determinada (NDC, na sigla em inglês) do Brasil para o Acordo do Clima de Paris, que precisa ser divulgada até fevereiro do próximo ano, deveria se comprometer a reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa em 92% até 2035 em relação aos níveis de 2005.
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Com isso, essa é a proposta apresentada nesta segunda-feira (26) pelo Observatório do Clima (OC), rede de entidades ambientalistas da sociedade civil brasileira.
De acordo com o OC, essa redução significaria chegar até a metade da próxima década emitindo, no máximo, 200 milhões de toneladas de gases de efeito estufa.
Atualmente, a emissão líquida do Brasil é de cerca de 2,3 bilhões de toneladas de gases – o país é o sexto maior emissor de gases do planeta.
O Balanço Global, também conhecido como Global Stocktake (GST), é um processo importante que examina como os países estão cumprindo suas metas em relação às mudanças climáticas definidas pelo Acordo de Paris, o tratado internacional assinado em 2015, durante a COP21 na capital francesa.
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Seu principal objetivo é manter o aquecimento global do planeta bem abaixo de 2°C até o final do século e buscar esforços para limitar esse aumento até 1,5°C (algo que está distante da nossa realidade atual).
Hoje, as metas agregadas de todos os países nos levariam a um mundo quase 3ºC mais quente, mesmo se fossem cumpridas integralmente.
Além da meta de redução de emissões, o Observatório do Clima também propõe que o Brasil adote uma série de políticas públicas que facilitam o cumprimento do compromisso, entre elas:
diminuir o desmatamento a quase zero, limitando-o a no máximo 100 mil hectares por ano a partir de 2030;
recuperar 21 milhões de hectares de vegetação de acordo com o Código Florestal;
aumentar significativamente o sequestro de carbono no solo por meio de práticas agropecuárias de baixa emissão;
fazer a transição energética dos combustíveis fósseis para fontes renováveis e melhorar a gestão de resíduos;
no setor energético, ainda segundo o OC, o foco está na ampliação do transporte público, construindo 4.000 km de vias de BRT, substituindo a gasolina por biocombustíveis e eletricidade em carros de passeio, e instalando 70 gigawatts de energia eólica e 95 gigawatts de solar;
já no setor de resíduos, a meta é universalizar o saneamento e acabar com os lixões,
conforme estabelecido por lei.
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