Ex-Paquita revela que sofreu homofobia: “Me chamou de sapatão”

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Nesta última segunda-feira (16/09), o Globoplay lançou o documentário “Para sempre Paquitas”. Na produção, Stephanie Lourenço, que foi uma das assistentes de Maria da Graça Meneghel na geração dos anos 2000, contou que sofreu homofobia nos bastidores do programa. Hoje LGBT assumida, ela trabalhou com a Rainha dos Baixinhos dos 11 aos 14 anos, de 1999 a 2002.

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Ex-Paquita relata que sofreu homofobia nos bastidores de programa da X u X a

Stephanie só assumiu ser bi 20 anos depois de ter deixado o programa. No documentário, Lourenço disse que, na época, já não se identificava com algumas exigências para ser Paquita: “Chegou uma fase da minha vida ali, que eu já não me identificava com aquela feminilidade, com aquelas danças. Eu comecei a perceber que eu gostava de meninas e também comecei a perceber que eu não me sentia tão a vontade naquele lugar, apesar de eu amar aquele lugar.“, contou ela logo a princípio. Na sequência, Stephanie afirma que sofreu preconceito nos bastidores da atração comandada por Maria da Graça Meneghel: “E eu, já me descobrindo como parte da comunidade LGBT, não era o que se esperava de uma Paquita. Eu sofri um tanto de homofobia ali naquela fase que foi difícil, mas eu era muito corajosa.“, disse.

Stephanie Lourenço detalha preconceito vivido quando ainda era criança: “Medo”

Lourenço detalhou que foi chamada de “sapatão” por uma “pessoa abusiva”. Ela, porém, não citou nomes: “Para as pessoas que eu podia falar, eu falava (que gostava de meninas). Eu gostava de falar. As meninas achavam curioso (…) e me apoiavam. A pressão era dos adultos em volta. Alguém me chamou de sapatão ali no ambiente do camarim.”, afirmou ela que completou: “E tinha um produtor que disse: ‘você nunca mais repita isso aqui’. E era uma pessoa que foi abusiva moralmente comigo durante todo o meu percurso, que me chamava atenção e falava: ‘você tem que se vestir igual às meninas’. ‘Você está muito desleixada’. Era coisa que chegava em mim, tipo: ‘Ah, as meninas precisam tomar cuidado com a Stephanie, porque ela gosta de meninas’. E aí, o medo de ser julgada, de perder minhas amigas…“, desabafou.

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“Hoje sinto orgulho”, declara ex-assistente de Maria da Graça Meneghel

Em seguida, Stephanie disse que já estava pronta para se assumir, mas não conseguiu: “Eu estava pronta para falar (…) mas, por algum motivo, eu não falei, e acabei ficando 20 anos dentro do armário, depois de tudo isso. E eu vi que eu me reprimi de uma forma muito violenta por muitos anos. Era uma metade de mim que eu esqueci. Só que quando eu reencontrei também, veio muito forte. Me senti uma potência muito grande e tenho muito orgulho de dizer hoje que eu sou uma mulh3r bi. Eu sinto que agora eu sou eu.“, finalizou.

Conteúdo de fact-checking do PaiPee.

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