A liraglutida (vendida sob os nomes comerciais Saxenda e Victoza) pode se tornar mais uma ferramenta contra a obesidade infantil.
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Com isso, um estudo recente publicado na revista científica “New England Journal of Medicine” (NEJM) analisou a performance da substância entre crianças de 6 a 12 anos com obesidade. Atualmente, o medicamento está aprovado no Brasil para adolescentes a partir de 12 anos.
De acordo com os dados, o tratamento com a liraglutida por 56 semanas, juntamente com intervenções de estilo de vida, resultou em uma maior redução no índice de massa corporal (IMC) se comparado com o placebo mais mudanças no estilo de vida.
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É bom lembrar que o índice de massa corporal (IMC) é o peso em quilos dividido pela altura ao quadrado. Entre 25 e 29,9 é considerado sobrepeso. Se for superior a 30 é considerado obesidade.
Estudos populacionais mostram que uma criança com obesidade de 2 a 6 anos de idade tem 90% de chance de permanecer com obesidade quando adolescente e na vida adulta 84% de chance de estar com IMC acima de 30.
De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade, que reúne dados de 186 nacionalidades, 20 milhões de crianças brasileiras terão sobrepeso em 2035. Esse número representa 50% do público infantil. Em nível mundial, a federação diz que, se as tendências atuais continuarem até 2035, 770 milhões de crianças e adolescentes devem viver com sobrepeso e obesidade — um aumento de 22% (em 2020) para mais de 39% até 2035.
Uma análise publicada na revista The Lancet apontou que 159 milhões de crianças e adolescentes viviam com obesidade em 2022. Ao longo dos últimos 30 anos, as taxas de obesidade entre crianças e adolescentes em todo o mundo aumentaram quatro vezes — em meninas subiu de 1,7% para 6,9%; nos meninos, de 2,1% para 9,3%, entre 1990 e 2022.