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Identidade racial de Kamala Harris tem sido questionada nos EUA

“Eu não sabia que ela era negra até alguns anos atrás, quando ela se tornou negra e agora ela quer ser reconhecida como negra. Então, não sei. Ela é indiana ou negra?”, questionou o candidato republicano à Presidência, Donald Trump. (Foto: X)

“Eu não sabia que ela era negra até alguns anos atrás, quando ela se tornou negra e agora ela quer ser reconhecida como negra. Então, não sei. Ela é indiana ou negra?”, questionou o candidato republicano à Presidência, Donald Trump, em uma entrevista recente na qual comentava a raça de sua oponente, a democrata Kamala Harris.

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Assim, esta foi uma das várias manifestações de Trump sobre a identidade de Kamala, atual vice-presidente do país, cujo pai é negro e jamaicano e a mãe, indiana.

“Ela não é negra. É o que eu ouvi, que ela é indiana”, disse a cantora Janet Jackson ao jornal britânico The Guardian, em setembro, ao mencionar a democrata. Na mesma conversa, ela admitiu que poderia estar mal informada, mas “me contaram que descobriram que o pai dela era branco”.

Kamala Harris se auto-identifica como negra e de origem indiana há décadas. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde dos EUA, uma pessoa pode ser negra sem ser afro-americana. “Um afro-americano (‘Afro-american’, em inglês) é uma pessoa cujas origens estão em qualquer um dos grupos raciais negros da África”, diz o site do Instituto Nacional dos EUA.

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Já o termo Negro (‘Black’) “é mais amplo e inclusivo” do que o afro-americano. “Alguém pode nascer na Jamaica, viver nos EUA e se identificar como negro, mas não afro-americano”. Há também quem entenda o termo afro-americano como uma referência aos descendentes de escravizados nos EUA.

Com isso, Kamala afirma que Trump recorre a questionamentos à identidade e cor da pele da democrata para atacá-la e aprofundar divisões raciais entre os próprios americanos. Veículos de imprensa dos EUA como, a revista New Yorker, qualificam tais comentários do republicano como “racistas”.

Num pleito que pode ser definido por uma margem de apenas dezenas de milhares de votos, ganhar a preferência de certos grupos demográficos fará a diferença. E os eleitores negros são historicamente uma das reservas mais importantes de votos.

Há duas semanas, a Iniciativa de Opinião Pública da Howard University ouviu 963 prováveis ​​​​eleitores negros nos sete principais estados-pêndulo do país (Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin), que devem definir o novo ocupante da Casa Branca.

A pesquisa mostrou que 82% dizem que votarão em Kamala, enquanto 12% preferem o ex-presidente Donald Trump. Outros 5% estão indecisos e 1% planeja escolher outro candidato.

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