PaiPee

Sol pode ter prejudicado descobertas sobre Urano, segundo estudo

Cientistas revelaram nesta segunda-feira (11) que a passagem da sonda Voyager 2 por Urano em 1986. (Foto: Pexels)

Cientistas revelaram nesta segunda-feira (11) que a passagem da sonda Voyager 2 por Urano em 1986 — um momento que formou grande parte do nosso conhecimento sobre esse terceiro maior planeta do Sistema Solar — pode ter ocorrido em condições raras, quando a magnetosfera (uma grande camada magnética) do gigante de gelo estava estranhamente comprimida pelo vento solar.

++ Cientistas conseguem decodificar misterioso sinal extraterrestre, mas significado ainda é desconhecido

Na prática, isso significa que boa parte do nosso entendimento sobre Urano, que depende justamente das informações da Voyager 2, a única sonda a explorá-lo de perto, talvez seja mais limitado do que imaginávamos.

De acordo com o estudo publicado na revista “Nature Astronomy”, é possível, por exemplo, que essa compressão tenha impedido a detecção de partículas de água, que poderiam ter sido expulsas da região observada e, assim, passado despercebidas pela Voyager 2, ocultando indícios de oceanos nas luas do planeta.

++ Saiba quais países proíbem o uso de celulares nas escolas

Lançada pela Nasa em 1977, a missão inicial da segunda Voyager era estudar Júpiter e Saturno.

No entanto, graças a um raro alinhamento planetário, a sonda conseguiu estender sua trajetória para passar por Urano, quando captou imagens detalhadas e mediu propriedades magnéticas e atmosféricas do planeta, incluindo suas luas e anéis, algo inédito na época.

Também durante esse sobrevoo, a Voyager 2 revelou que Urano tinha uma magnetosfera peculiar, com um formato assimétrico, uma falta de plasma (que é comum em magnetosferas de outros corpos celestes), e cinturões de elétrons altamente energéticos.

Não deixe de curtir nossa página no Facebook , no Twitter e também no Instagram para mais notícias do PaiPee.